CÓLERA

Mente desequilibrada é mente doente, e mente doente não é compreensiva.
Como um berro pode expressar toda uma linha de pensamento?
Como conseguirmos ser entendidos vociferando palavras desconexas, verbalizadas com o tom embargado do ódio e da ira?
Fácil gritar, difícil explicar...
Nosso orgulho não nos permite sermos os segundos ou os terceiros. Temos que ocupar sempre o primeiro plano em todas as circunstâncias nas quais nos encontremos. E se isso não ocorre, o desequilíbrio de nossas emoções nos compele a uma série de atitudes que mais nos aproximam do animal. Com o agravante de que o animal só ataca quando percebe o risco eminente de perder seu alimento, seu território, suas crias. E o homem ataca por não ser capaz, em um segundo, de usar o que os animais não possuem: a razão.
A natureza, com sua fúria, varre imensa energia nefasta à nossa saúde. O rastro dessa fúria muitas vezes é danoso à nossa vida. Mas ainda aí há um motivo que, apesar de nossa resistência em compreendê-lo, é feita uma limpeza, uma renovação de energias, sem as quais, o nosso planeta se tornaria impróprio à vida. A natureza, assim, devolve-nos o equilíbrio.
Façamos então o contrário: através do equilíbrio, busquemos amenizar todas as nossas fúrias. E são tantas e tão infundadas que precisaremos angariar muito esforço e determinação para vencê-las.
A razão disso tudo, você sabe. Cabe a você, então, impor a prática deste conhecimento.
Cabe-lhe ampliar sua compreensão sobre o bem que efetuará a toda a humanidade quando, mais tarde, você não lançar ao Universo as energias pérfidas da sua ira. Com certeza, você mesmo é o alvo principal dessa ira. Mas muitos outros, além de suas vítimas, sofrerão o percalço desta energia insalubre.
O que mais pode ser dito a respeito da cólera, que você não saiba?
Ande, pois, em direção das suas desculpas e comande ordens imperiosas de mudança. Opere em sua mente cirurgias de compreensão, para que os seus gritos possam expressar só e tão somente vitórias.



COMPREENSÃO

O ódio é um mal que assola a humanidade. Nação contra nação, irmão contra irmão, tudo realizado em nome dos direitos que cada um acha ter.
Mas que direito é esse que nos dá o "direito" de subjugar o outro em nome do que achamos ser certo?
Que direito é esse que nos tolhe a razão, a compreensão e faz com que ajamos como se ainda fôssemos primitivos, como se ainda vivêssemos nos primórdios do mundo?
Que direito é esse que achamos ter, mas não delegamos ao outro?
E quanto aos nossos deveres?
O dever de ajudar, amar, compreender, tolerar, perdoar. A lista dos nossos deveres é muito maior do que a dos direitos.
Mas pobres e falhas criaturas somos nós, pois quando se trata de falar em deveres achamos que só os outros os tem para conosco.
Achamos que a nossa parte está sempre sendo cumprida a contento.
Criaturas ignorantes somos nós...
Quando conseguirmos perceber que cada um de nós tem seus direitos e deveres, e conseguirmos realmente separar "o joio do trigo", nos tornaremos seres melhores. Seres que conseguirão expurgar o ódio de seus corações e neles deixar que fique somente o amor.
Que seus corações, neste momento, unam-se a cada coração pulsante neste planeta, com muito amor. E que todos batam em uníssono com o coração e o amor do Pai.
Fiquem em paz.

Irmão José


SOBRE O ÓDIO

Alma cativa, desvencilha-te deste cativeiro, urge prosperar, crescer, aprender para a imortalidade da vida espiritual.
Esqueces o ódio, e não vejas rancores, pois em tua fronte está espelhado o rancor do outro.
Solte-o desta grade e criarás asas para o firmamento.



IRA

Desequilibrado, segue você à procura de ações, objetos e pessoas que intensifiquem o seu ódio.
Desequilibrado estás agora por pensar somente nas ações, esquecendo-lhes as causas.
Precisamos avaliar os dois pontos que colocam o homem em desequilíbrio.
O primeiro é o desejo de algo que, no momento, não está ao seu alcance.
O segundo é a incompreensão do fato gerador, o que determinou que o seu desejo não pudesse se concretizar.
Feito isso, e compreendidos estes dois pontos, abra-os diante dos seus olhos, como você abre um livro para ler.
Leia-o e, depois, encontre as conexões com o seu interior.
Feito isso, revise se não haveria possibilidade de outras saídas. Avalie e esgote o questionamento das possibilidades de caminhos alternativos para a amenização de sua ira.
Evidentemente, desnecessário se faz dizer, que toda essa avaliação deverá ser feita por você, quando a calma já reinar em seu ser.
Então, o que você acha de praticar esse exercício?
Logo, quando a raiva tomar conta de você, automaticamente, seu pensamento buscará as soluções.
E ao tentar encontrar alternativas, sua raiva irá diminuindo e, quando você se der conta, não precisará mais destes caminhos. Pois o seu ser, absorto nas buscas, encontrará a paz novamente, de forma natural.
Tente!
Aqui, torceremos por você!

Dos amigos do além



CORAÇÃO x CÓLERA

Como está o seu coração?
Tem prestado atenção no seu compasso ultimamente? Ele bate tão mecanicamente, que esquecemos que ele existe. Porém, ele nos fala sempre. Bate intensamente quando nos emocionamos, fica sereno quando nos concentramos, bate manso quando elevamos nossos pensamentos. "Pula" e parece querer saltar pela boca quando nos descontrolamos. Talvez, se prestássemos mais atenção às suas mensagens, evitássemos tantas situações de desgaste para nós mesmos. A nossa mente pressente, antes de nossos sentidos, uma situação limite. E nosso coração dá o sinal, batendo descompassadamente. Eis o aviso.
Fiquemos atentos! Aprendamos a "ler" nossas emoções nas reações do nosso corpo. Temos muito o que aprender com elas. A explosão da cólera é sempre antecedida de sinais que geralmente ignoramos: ritmo cardíaco acelerado, suor, respiração alterada, temperatura elevada, tremor... É desgastante!
Quanta energia desperdiçada!
Fiquem atentos!