CARREGO-TE

Carrego-te, filho, em meus braços porque não posso deixá-lo parado e simplesmente seguir, sem olhar para trás.
Carrego-te, filho, nos braços. Porque dói em mim vê-lo frágil, inerte, desacreditado e insano.
Carrego-te, filho, até que meus braços se cansem, que percam as forças e também eu tenha que parar. E, então, seremos dois seres "parados", inertes, desacreditados, cansados...
Devo, então, carregar-te? Ou devo deixar-te à tua sorte?
E se, ao deixar-te, estiver sendo julgado como egoísta e desumano? E se, ao carregar-te, estiver privando-te de caminhar, cansando-me inutilmente?
Dolorido dilema, sofrida dúvida para um coração de pai.
Que me dizes, então, filho? Eis que tens tua parte. Que me dizes?
Também te angustias na dúvida?
Pois é, assim ficamos nós, tolhidos por nossos questionamentos, enquanto a vida passa...
Que eu não tenha que deixar-te "parado", depois de ter extenuado minhas forças. Que tu, filho, acordes antes e resolvas caminhar sozinho, deixando-me seguir também, "leve" e tranqüilo.


DIVERSIDADE NO ESTUDO

O saber tem um sabor todo especial. Quando ainda bem pequenos aprendemos a ler e um mundo novo se abre diante de nós. É um prazer muito grande desvendar os mistérios das letras e penetrar em realidades antes inimagináveis para nós. Depois, com o tempo, perdemos esta magia. E ler quase sempre se torna uma tarefa a cumprir, ou porque o professor pediu, ou porque há alguma exigência externa, especialmente na esfera profissional. Com muitos de vocês foi assim. Então, é muito bom vê-los agora envolverem-se com leituras ligadas ao estudo da doutrina espírita. Vê-los instruírem-se e, mais do que isso, vê-los procurando aplicar em suas vidas tudo que vão aprendendo. Sim, porque só podemos sentir o gosto do saber quando vivenciamos inteiramente as lições que nele se encerram.
Mas, amigos, venho alertá-los para que não se atenham apenas à literatura espírita. O espiritismo é uma forma de explicar a realidade da vida na dimensão espiritual mas não é a única, talvez nem a mais perfeita. Quando nos afeiçoamos demais a algumas idéias e conceitos, estamos a um passo do dogma.
Procurem ler a respeito de outras formas de explicar as coisas. Descobrirão que as filosofias se completam, entrecruzando-se. E, então, perceberão verdadeiramente o porquê do respeito a todas as outras formas de se chegar a Deus. E esta deixará de ser apenas uma frase feita, que repetem sem análise. Passará a ser uma descoberta pessoal de alguém que se constrói, que é responsável por si mesmo. Compreenderão, com o tempo, as razões que nos levam à mais uma máxima: a de que todos somos Um, e que o Um está dentro de cada um de nós.


DOCE TERAPIA

Sei que vou chocar a alguns, mas peço que me escutem. E, quando a sós, reflitam, avaliem e, após a peneira fina, os que não ficarem comigo, ao menos tentem tolerar aquilo que seus preconceitos dizem que não lhes convém.
O mundo avança nas suas buscas materiais e espirituais. A sociologia e a psicologia, cada uma por sua vez, buscam razões para os males e desacertos de hoje e, por mais que façam, dão voltas em si mesmas, num rodopio que não leva a lugar algum. Como se cada uma estivesse correndo atrás do próprio rabo, como faz o nosso amigo cão.
Amigos, as trevas enchem as telas de cinemas e as bancas de jornais com as mais deslavadas, com as mais grotescas formas de relacionamento animal. E nós, aqui, ou melhor, vocês aí, nada fazem, como se falar a respeito, como se orientar a respeito fosse tabu. Tabu, por quê?
Vocês não avaliam as desgraças inúmeras que são causadas pelo desequilíbrio da afetividade e da sexualidade. Deixamos matar o enlevo da alma e para onde fomos? Fomos para um relacionamento animal, um relacionamento de corpos, e pior; toleramos tudo e aceitamos tudo, como um mal do nosso tempo. E nós, o que fazemos? Não iremos combater este lado das trevas?
Por que o preconceito? Não falam a respeito disso e sobre tantas outras coisas porque não estão no livro dos espíritos? Estão esperando que seja escrito um novo? Por que, só a Codificação? O codificador não disse que havia escrito tudo.
Vocês, médiuns, devem ir além do que vai a maioria. Para eles, a literatura básica serve, mas para vocês não. Para vocês, a literatura básica e tudo o mais que explicar o sofrimento do homem.
Alguém leu Freud, Yung, Melanie Klein e tantos outros terapeutas da alma?
Amigos, as trevas atacam hoje o ponto onde o homem está mais fraco, aproveitando-se de que os casamentos de hoje são casamentos de egos, com forte apelo sexual.
Médiuns, vocês que falam em público, bem sabem que precisam do devido equilíbrio, mas também precisam de certa ousadia e tato. Muitas vezes aquele que ouve está desatento porque percebe que a sua convicção é pouca e que repetem-se palestras já feitas. Vá mais fundo, vá no seu âmago, trate de assuntos atuais, de dores escondidas, fale das suas causas, das suas terapias. Mexa na ferida de cada um e ouvir-se-ão gemidos.
Olhe em volta e fale a respeito; fale da doença, do seu sintoma, da terapia. Fale como aquele que sabe, pois só o convicto convence.
Fale nos dias de hoje sobre os problemas de hoje e verás que por detrás deles, não existe nada além do orgulho, da vaidade, etc., etc., etc.
Vá mais fundo, vá.

Tomás Radelo
Apenas um estudioso dos
desacertos da alma


E A LUZ SE FEZ

E a luz se fez e se fez farta.
Derramou-se com o tempo sobre toda a terra e sobre todo o ser vivente, aliviando a escuridão em todos os mundos. Abrindo mentes ignorantes, ampliando a visão estreita, incomodando aos comandantes que, assustados, recuaram e se fizeram cegos e a luz não puderam ver.
E outros seres embriagados e de olhos arregalados, à luz não acostumados, distorceram suas visões.
E o seres iluminados encarregados da luz, transformaram as palavras em vivências e em exemplos de vida, suas próprias vidas. Mas a humanidade, embriagada em suas próprias verdades, em seu próprio comodismo, ignorou o convite para ampliar e aguçar sua vista. E novamente seus olhos se fecharam e aos iluminados eliminaram pela ganância, pelo poder da luz.
Comodismo, ignorância, as sombras da luz.
Até hoje não se sabe porque o homem se fechou às novas palavras, aos novos caminhos. Sabe-se, ao certo, que seres iluminados ainda amorosamente se propõe a fazer a luz que se derrama sobre a terra e seus mundos paralelos, de maneira uniforme, ignorando formas, cores, espaços, grau de evolução. E magnanimamente expõe a todos os seres novas formas de se viver e se viver bem. Mas, infelizmente, poucos homens conseguem permanecer de olhos abertos e à luz se acostumarem, já que a luz incomoda, exigindo do ser que a absorve, esforço, perseverança e coragem para permanecer de olhos abertos.


FALA-SE E FALA-SE

Falou-se hoje, aqui, de amor.
Falou-se de piedade, falou-se de tolerância. Pensou-se em amor, pensou-se em piedade, pensou-se em tolerância. E assim faz o mundo: fala-se, pensa-se, mas pouco se sente.
O segredo está no sentir. Quem sente, pouco se importa em dar nome ao que sente. O que importa chamar ao sentir isto ou aquilo? Nomes são dados para o que se precisa arquivar na mente, mas não é desse arquivo que o espírito se serve; o contrário é verdadeiro, a mente é que registra o sentir do espírito e, quando isto acontece, pouco importa o nome deste sentimento. Seja este nome, amor, piedade, tolerância.
Talvez alguns pensem que estou divagando, mas isso não é verdade. E, se proponho o que coloco aqui, é para tentar mostrar a todos a diferença, a tremenda diferença.
O mundo ama com o cérebro. E, com tal máquina instável, difícil é viver na fidelidade. Alguns poucos amam com o espírito e, aí sim, podemos chamar este sentir de amor, piedade, ou seja lá o que for.
Um grande mestre reuniu seus discípulos e quando todos esperavam que ele discorresse ensinamentos e mais ensinamentos, fez ele diferente. E apanhando uma flor, mostrou-a a todos. E todos entreolharam-se, dando a entender que aquele ensinamento silencioso lhes escapara, exceto um. Este olhava com um sorriso para a tal flor e seu olhos brilhavam intensamente. Para este único o tal mestre olhou... e sorriu. Ali, entre muitos, apenas um havia dado o grande passo; é que todo o seu aprendizado houvera sido feito direto pelo espírito.
Bons amigos, eu fui um dos discípulos que olhou para um lado e depois para o outro.
Que todos fiquem com a paz do espírito que nada busca, pois tudo sabe. Que cada um treine, treine bastante para aprender a fugir dos tormentos da mente. Treine até que consiga transformá-la de senhora em vassala. Mas não tente matá-la, pois é ela nosso leme e guia.
Um bom aprendizado a todos.

Aklin


GRANDE DORMITÓRIO

Tocai homem, tocai a lira.
Cantai aos quatro ventos os encantos da vida, não da vida daquele que dorme, pois este não vive a verdadeira vida. É que lhe falta a inspiração, mesmo tendo o instrumento perfeito. Tem ouvidos mas escolhe a surdez. Tem olhos e estes brilham intensamente, sinal que têm vida, mas também têm vendas. As mãos então, descansam, negam-se a pegar o pincel ou a caneta, nada querem, nada fazem. Apenas descansam, num universo que é só de trabalho.
Trabalha Deus, trabalha sempre, sempre criando. Trabalham os que foram criados, trabalham aqueles que estão se criando e, em meio à tamanha atividade, a tanto movimento, há os que ainda descansam. Que pena!
Escrevem aqueles que pensam. Que toquem aqueles que sabem fazer soar as cordas. Falem aqueles que aprenderam a falar. Encham o mundo de sons, mesmo que sejam lamentos. De palavras, se trouxerem verdades. Mas usai do que sabeis, usai de tudo. O que importa é acordar os que dormem.
Ah! e quantos são eles... Não seria exagero dizer que este planeta é um quase dormitório.
Ensaio literário e, por isso, truncado e nem sempre coerente. É parte do aprendizado.

Amor a todos


O QUE FAZER?

Às vezes preciso ler o pensamento de alguns, que é o pensamento de muitos.
É bela essa doutrina, ela traz paz, encanta, mas como seguí-la? Como jogar fora toda uma vida para seguir outra?
Comando homens, tenho vida farta, desfruto de poder, não me vejo nem bom nem mau, apenas sigo a ordem das coisas, desta sociedade que não ampara ninguém. E ai daquele que nela cair, pois que será pisado.
Não! Não! Fico como estou.
É bela esta doutrina, mas o quanto é difícil jogar tudo ao chão para abraçá-la por inteiro.
Às vezes leio o pensamento de alguns, que é o pensamento de muitos.
É bela essa doutrina, ela encanta, é suave, traz paz mas, como seguí-la, como abraçá-la por inteiro...
Vivo na luta do dia-a-dia, o que me obriga a manter meu espaço quase a socos, o que me torna, às vezes, cruel, severa, vaidosa e, na minha fragilidade, uso as garras tão próprias do sexo feminino.
Nem sempre faço o que gosto, mas o que fazer? É quase impossível sobreviver como ovelha em tamanha selva.
E estes seres seguem suas vidas sempre justificando-se, numa conduta nem sempre meritória.
Amigos, não pedimos à ninguém que joguem suas vidas ao chão de um só golpe. Sabemos o quanto é difícil viver num meio onde o Deus é a matéria e, nesse meio, tentarmos ser todo espírito. O que pedimos é que iniciem um trabalho de reflexão; um trabalho que deverá começar pela mente, onde o espírito deverá nutrir-se. Não andamos antes de engatinharmos e nem corremos antes de andar. Nas leis maiores nada acontece aos saltos, mas num processo contínuo.
Reflexão amigos, reflexão, e ninguém foi maior nisto que o Mestre de Nazaré. Estudem-no, estudem-no sempre, e sem precisar dar guinadas violentas, suas vidas, pouco a pouco, irão mudando e sempre para melhor. Não importa em que meio você se agita. Pouco a pouco, sua consciência do certo e do errado irá clareando e quando muitos fizerem isso, então veremos mudanças. Mudanças no todo, mudanças gradativas. É a isto que chamamos evolução.
Comecem devagar para que esse começo saia do entusiasmo e se torne realidade.
Reflitam nisto, reflitam.

Oscar


VIVER PARA O PRESENTE

Mergulhe nas águas límpidas de um riacho e ao sair dele, já não será o mesmo e nem o riacho será o mesmo. Não é preciso que mergulhe novamente para que sejam um novo homem e um novo rio. As águas que o abraçaram passaram e seus pensamentos, seus sentimentos, seu olhar, sua percepção, se modificaram num piscar de olhos. Tudo é assim. Nada do que se diz, do que se pensa, do que se percebe agora, neste momento, será igual no momento seguinte. O presente já é passado. A rapidez e o dinamismo do universo são grandiosos demais para nossa percepção e a confusão se faz. Pensamentos e valores de ontem nos direcionam hoje e nosso objetivo é atingir o amanhã. Perdemos o que chamamos de tempo e, consequentemente, perdemos o que chamamos de oportunidade. Milhares delas passam por nós e nosso olhar está voltado para o outro lado. Será que se nos distanciássemos um pouco do nosso próprio umbigo e nos libertássemos desta prisão que é viver em função da análise do tempo, se nossos parâmetros fossem outros que não os enraizados no passado ou os vislumbrados no futuro, não conseguiríamos definir melhor o nosso presente?
E, se assim fosse, não "perderíamos tempo" julgando, analisando, pesando e argumentando, visto que o faríamos por algo que já não é mais importante. Deixaríamos os "achismos" de lado e compreenderíamos mais facilmente a nós e a todos os iguais, como seres em constante transformação.


ANALISANDO

Analisemos o momento.
O que vemos em nosso planeta?
Pobreza, carências, revoltas, maldades, matanças.
Que horror!
Será que não merecemos coisas mais produtivas, mais leves?
Infelizmente, não.
Infelizmente colhemos aquilo que plantamos.
Estamos num mundo de expiação e de provas, onde resgatamos tudo o que fizemos de mal em outros momentos do nosso caminho tortuoso, em direção ao crescimento e à perfeição.
Enquanto não pagarmos cada pedacinho do mal que provocamos ao próximo ou a nós mesmos, não pararemos de sofrer. Pois esse é o alimento do espírito deficiente de amor e humildade, cheio de vaidade, de orgulho e muitas outras insuficiências e tortuosidades que injetamos em nosso espírito.
Se todos nós estivéssemos livres de culpas, provavelmente, já não viveríamos aqui na Terra. Estaríamos somente ajudando aos que aqui se encontram.
Portanto, amigos, é hora de pararmos para pensar em nos reformar, para pensar em estender as mãos ao próximo, ajudando-os e respeitando-os na real acepção da palavra.
É hora de pararmos para refletir e não de pararmos de produzir com eficiência. Assim, ninguém será prejudicado, mas somente amparado e iluminado.
Precisamos amar e perdoar. E, assim, com essa fórmula mágica, encontrar a paz interior. E, em conjunto, conseguir o crescimento e a regeneração dos habitantes do planeta.
Estejam atentos a isto e serão felizes para sempre, como nos contos de fadas.
Sejam fortes para perseguir esse intento e persistam, persistam sempre.
Estejam com Deus e em paz.

Amigos da espiritualidade


APRENDER, APRENDER SEMPRE

Uma querida amiga daqui, contou-nos esta história e, ela mesma, já contou-a a vocês.
"Um religioso, e dos mais beatos, aproximou-se de um homem que lavrava a terra e lhe disse assim:
— Irmão, trabalhe, trabalhe sempre, e nunca deixe de agradecer ao bom Deus este presente. Olhe só que belas plantações, e que belas colheitas elas não darão. Sem falar dos pomares carregados de frutas, sem esquecer das flores que encantam os nossos olhos e nos enchem as narinas de delícias.
E, por um bom tempo, ficou o lavrador a ouvir. Ou melhor, a ser lembrado, que tudo aquilo só era possível por ter sido um presente de Deus. Esgotadas as advertências, o religioso calou-se. Então, foi a vez daquele, que tudo ouviu, de falar.
— Verdade, verdade. Sem Deus eu nada poderia. Mas o senhor precisava ver como isto estava, quando Deus tomava conta de tudo, sozinho.
Éramos um grupo grande quando ouvimos tal história. Alguns riram, outros sorriram. Outros baixaram os olhos, envergonhados. Outros choraram.
Eu, desta lição, apenas aprendi isto:
Deus faz por nós o mínimo, para que possamos fazer por nós mesmos, o máximo. Senão, onde o mérito? O valor?
Apenas crianças são carregadas, mas não os que já sabem andar. E quem de nós, em sã consciência, é capaz de dizer que não sabe ainda por um pé à frente do outro? Quando caímos, caímos porque olhamos demais para as nuvens. Elas são belas, eu sei, mas são nuvens.
E cada um tirou daquela história uma lição, a sua.
É para isso que servem as histórias, as parábolas.

Um aprendiz


ÁRVORES FRONTOSAS

Para serem árvores frondosas foram criados e "plantados" os homens em "terra fértil".
Brotar, eis o seu objetivo primeiro. Brotar e receber a luz do sol, a leveza da chuva, a fortaleza do ar. Compreender-se, se fortalecer e desabrochar.
A terra fértil lhe dá o alimento, porém o processo de transformação acontece nas folhas, mediante o trabalho de todos os órgãos pertencentes à essa árvore.
Faço essa comparação porque vejo aqui, tema para nossa reflexão.
Está o homem "plantado" em terra fértil, recebendo "alimento" para elaborar sua "seiva vital", crescer, desabrochar e... frutificar.
O alimento é toda forma de esclarecimento, informação ou alerta que têm sido direcionados ao homem. Todo o conhecimento que lhe é mostrado e colocado em suas mãos. Porém, a "seiva bruta" precisa ser transformada, precisa ser elaborada para poder alimentá-lo. Precisa ser transformada porque não consegue o homem digerir esse alimento tão "forte" e "precioso" na sua forma bruta mais íntegra e intensa. A fragilidade de suas convicções, de sua determinação, de sua coragem, de sua fé, não o deixa absorver o alimento bruto. Porém, o que faz o homem para elaborar esse "alimento" do seu espírito? Muito pouco!
Comodamente, espera que a "terra" (a fonte) lhe dê o alimento já transformado. Diante da menor dificuldade, da primeira tempestade, tomba e acomoda-se, demorando a brotar novamente. Acomoda-se e não busca o alimento para refazer-se.
Busca, homem, teu alimento na fonte que é o conhecimento de si mesmo, de nossa origem, de nossa história. Elabora, transforma esse conhecimento em fé, em confiança na justiça e na sabedoria do Pai, luz do universo, seu criador!
Inspira-te na natureza e na sua força, na crença em tuas próprias forças e certezas de que tudo está onde e como deveria estar.
Conhece-te, estuda tua origem, tua história, a força maior da qual fazes parte. Busca o alimento na fonte.
Transforma-te num ser confiante, forte e capaz. Torna-te a árvore frondosa na qual foste inspirado. Só então frutificarás.



CAPACIDADE

Capacidade é coisa que todos temos.
Ela nos é exigida nas mais diversas áreas existentes no mercado de trabalho.
É bastante estimulada por todos os interessados em crescer mas, infelizmente, todos pensam somente no crescer em dinheiro.
Há tantas coisas entre o céu e a terra que precisam de certas capacidades desenvolvidas...
Que precisam de valores desenvolvidos mas, infelizmente, as coisas materiais ainda são a atração e todos desenvolvem sua capacidade para ganhar dinheiro.
Se a humanidade soubesse que estudar, crescer intelectualmente, afetivamente e psicologicamente para os valores de Deus é a capacitação mais importante a ser desenvolvida, todos seriam mais felizes, todos viveriam mais tranqüilos, alcançariam a paz tão desejada. As guerras e as disputas seriam menores ou zeradas, pois o que iríamos disputar?
Que tipo de guerra iríamos fazer acontecer? Em função do quê?
Ah! se todos soubessem quais as capacidades reais que ainda não temos, mas que deveríamos nos interessar em obter, pois são as mais valiosas deste e de outros mundos... São a de amar, a de perdoar, a de glorificar o próximo.
Essas sim, é que deveriam ser prioridades na vida do ser humano e do ser espiritual.
Quantos de nós pensa em fazer realmente uma reforma interior para começar a prática destas capacidades ou a prática do seu desenvolvimento?
Amigos queridos, se pudéssemos falar mais e tivéssemos todo o tempo que precisamos, talvez conseguíssemos esclarecer melhor o assunto, mas o tempo está esgotado e nós encerramos essa humilde mensagem por aqui.
Nos despedimos carinhosamente e pedimos que pensem em tudo o que falamos, pois capacidades todos temos. Porém, é preciso mudarmos nossos valores e nos esforçarmos para desenvolver as capacidades certas e úteis para a evolução do ser e da humanidade.

Até breve
Amigos da casa


CHEGOU A VEZ, NÃO DE ALGUMAS, MAS DE TODAS AS CANDEIAS, QUE SÃO OS CONHECIMENTOS. E ELES ILUMINARÃO O MUNDO

Houve um tempo, e esse tempo não está longe, em que o homem acreditava ser a Terra o centro do universo. Vão orgulho, doentia prepotência, a se amparar em crenças sem o mínimo suporte, sem o mínimo lastro. Houve até um certo Papa que determinou, por ser ele o poder absoluto, que a reencarnação estava morta. E ele matou a vida.
Houve também a Idade Média, o tempo das trevas e, nesse tempo, o tempo parou. Mas não há força que impeça a luz e a luz veio. Não de uma vez, senão podia até causar a nossa cegueira. Não. Ela veio em pequenas chamas e, a algumas que se juntaram, deu-se o nome de Renascença. E a luz se fazia na escultura, na pintura, na música, na literatura. E, em meio a essas chamas, uma chama maior se fez: Kardec. Ele nasceu na França, na luz do mundo de então. E não paramos por aí; depois dele chamas e mais chamas: Einstein; Freud, a sondar o inconsciente, o arquivo de vidas passadas; Young a descobrir os arquétipos da dualidade masculina e feminina em cada um de nós, aos quais chamou de anima e animus.
E virão outras candeias e muitas candeias.
Para o século que virá, pesquisaremos a estrutura psíquica humana para que possamos nos conhecer realmente. E, para tanto, estudaremos a fundo os animais, pois somos como eles, só que dotados de algumas outras qualidades. Mas, fugí do orgulho de tê-las pois ainda são frágeis, despertaram a pouco. Por enquanto, o que há de belo em nós, realmente, é o sorriso. Ou vocês não repararam que, de toda a criação, é o homem o único a exteriorizá-lo?
Se me for permitido, virei aqui, vez por outra, falar deste ser único que, por ser já dono de si e por não saber ainda o que fazer com essa liberdade, anda tão confuso sobre a Terra.
Bendita a inteligência, essa graça de Deus que pode nos levar tão longe mas que, também, às vezes nos joga tão baixo, quando nos falta conhecimento suficiente para lidar com ela.
Não amigos, o espiritismo não vai morrer apesar da ortodoxia fechada de alguns. As candeias daqui e daí não irão deixar que isso aconteça e, sempre que o discípulo está pronto, um mestre aparece.
O que peço apenas é que ninguém se afaste da doutrina básica, esta estrela polar. Pois cada casa espírita é uma nau a carregar em seu bojo seres que, confiantes, se entregam aos marujos e comandantes, na esperança de chegarem a um porto seguro.
Apenas não esqueçam que, no Evangelho, Cristo já nos avisava que teríamos dioceses e profetas que, de tão sábios, de tão cheios daquela sabedoria que engana, confundiram até mesmo os escolhidos.
Candeias e candeias, tantas que tanto iluminam. Porém, também há as que não só iluminam, mas queimam.
Usem da razão.
Orem e atentem se não é o ego a decidir.
É Floriano quem lhes deixa um abraço amigo.
Mais uma vez, chamo a atenção de vocês.
Cuidado com os muitos deuses, pois não há um único só que não ilumine mas, nem sempre, a luz que trazem, nos convém.



CORAGEM DE DISCORDAR

Não quero concordar com tudo aquilo que vejo, sinto e escuto. Porém, discordar requer uma coragem que temo não possuir. Para discordar há que se argumentar. Para argumentar há que se conhecer. Para conhecer há que se estudar. Para estudar há que se dedicar com seriedade, com vontade e com coragem. Coragem, de novo?
Pois é, coragem sim. Coragem para enfrentar a verdade de nada saber. Coragem para resistir à ausência de certezas. Coragem para prosseguir com honestidade na investigação do processo de se auto-conhecer, encarando a fragilidade do seu ser. Coragem para preferir errar sozinho e consertar os próprios erros, sem alguém para indicar uma nova direção. Discordar exige muita sabedoria. Concordar é tão mais fácil e menos trabalhoso! Não quero discordar. Essa é a minha vontade.
Porém, já sei que minhas vontades são a última coisa que devo respeitar e seguir. Sendo assim, resta-me buscar a coragem, nesse vislumbre de lucidez, e encarar o trabalho da construção diária de minhas próprias opiniões para que possa, um dia, discordar.



ENTENDIMENTO PELA PACIÊNCIA

Na paciência em entender se encerra a grande virtude do amor.
Esse amor que será selado pelo respeito ao individual.



ESCRAVIDÃO

Escravo é o ser que ainda não encontrou os caminhos que o levam até Deus.
Escravo é o ser que ainda não buscou a essência divina que Deus semeou dentro de si mesmo.
Escravo é o ser que ainda vive, por viver, a vida alheia. E esquece de viver a sua.Escravo é o ser que foge das responsabilidades, dos deveres que a vida lhe impõe.
Escravo é o ser que ainda vive a sonhar com o que não tem e não aceita o que tem.
Escravo é o ser que se aprisionou de tal forma que não encontre as saídas que o levam à real liberdade.
Por que ser escravo?
O que lhe falta nessa vida que faz com que vás em busca do que realmente não necessitas?

Arthur


LEVE O TEMPO QUE LEVAR

O que tem de ser feito, será feito.
Leve o tempo que levar.
O que tem que ser resolvido, será resolvido.
Leve o tempo que levar.
O que tem de ser claro, será esclarecido.
Leve o tempo que levar.
O que tem de ser, será.
Leve o tempo que levar.
Por isso irmãos, não devem deixar o tempo mandar em vocês. E, dentro desse tempo, não deve haver lugar para dúvidas, para devaneios e inseguranças. Mas sim, lugar para as certezas, prumos e seguranças.
Assim, simplificaremos ainda mais o que já é simples. Tornando bem mais vivido, o que, por si só, é muito simples.
Obrigado por me ouvirem.
Obrigado por, de alguma forma, ter falado.
Obrigado por estar aqui.

Moyã


O TÍTULO PERTENCE A VÓS

Fazemos com nossa mente o mesmo que fazemos com as coisas materiais.
Guardamos papéis, assuntos de revistas para lermos um dia e esse dia nunca chega.
Guardamos roupas usadas para aproveitarmos na limpeza da casa, ou talvez, na jardinagem e lá ficam elas guardadas, esquecidas. E entulhamos espaços preciosos com nada, pois quando guardamos o que não usamos, estas coisas deixam de ter nomes, perdem a identidade,
Um livro fechado não é um livro, é apenas um maço de papel que guarda grandes verdades, talvez grandes mentiras, mas como saber? Ele não é mais um livro! É apenas um pacote de folhas sobrepostas!
E a mente de muitos, para não dizer de todos, também é assim. Difere apenas do espaço material porque pode guardar infinitamente. E nela guardamos, guardamos e fazemos dessa perfeita máquina, apenas arquivo. E sempre que precisamos de algo, fazemos com ela o mesmo que fazemos com os nossos guardados inúteis; deixamos lá a informação que necessitamos porque pegamos o que está mais perto e à nossa mão.
Querem ver?
Compramos livros e mais livros, sem antes termos lido os que já temos. Sem nos darmos ao trabalho de pesquisarmos se o que precisamos, já não está ali.
Amigos, esta busca do que está fora é pura viciação mental, não fosse isso não haveriam os modismos, os novos mestres, que nada mais fazem do que repetir o que já temos nos nossos guardados, nos livros. E só não sabemos, porque nunca lemos. Ou disso esquecemos, porque nunca o buscamos.
Guardar, guardar, guardar...
Obrigado pela paciência de todos e, principalmente, do médium. É que estou treinando a mim mesmo.
Esteve com vocês Oswaldo qualquer coisa, ou quase nada.



O VENTO SOPRA

O vento sopra e a folha "baila" no ar, deixa-se levar qual bailarina envolvida pelo inebriante som das notas musicais. O vento sopra e leva a folha. E ela vai.
O vento sopra para levá-la ou ela é que acompanha o vento que passa?
Difícil pergunta, resposta inexata.
Porém, seria esta a missão do vento? Soprar para levar a folha para algum outro lugar? Destino desconhecido, objetivo ignorado?
Acredito que não! Fico, então, com a segunda hipótese: a folha é que acompanha o vento que passa! O que procura ela? Será que conhece o vento, esse viajante cativante?
Não. Nem seria possível, pois ele passa aqui, lá, acolá. Não é possível conhecê-lo. No máximo, quem sabe, reconhecê-lo.
Então por que ela o segue?
Talvez porque ele tenha força, impulso para passar e continuar seu caminho, burlando obstáculos, afastando impecilhos, corajosamente avançando, indo...
Não teria a folha também esta condição? Aparentemente não. E por quê?
Porque não é necessário que ela se vá em busca de algo que não sabe o que é. Por hora basta que ela permaneça. Por hora basta que ela seja a parte essencial da vida da sua árvore. Mas isso ela ainda não sabe...



POLTRONA VELHA & LUZ NOVA

Uma sala sombria abriga todas as nossas certezas. Elas são aquela velha poltrona em que nosso corpo se amolda, pois ela já cedeu a todos os seus contornos. E nela nos sentamos, acreditando que tudo está bem.
Mas a vida tem as suas surpresas. E traz para a sala de estar de nosso ser, uma luminária, cuja luz vibrante nos ofusca. O primeiro movimento que fazemos é cobrir o rosto, escondendo nossos olhos. Mas ela está ali. E sua presença não pode mais ser ignorada. E vamos sendo obrigados a piscar e, a cada pestanejada, vamos enxergando com maior clareza. E um novo detalhe, antes nem percebido naquele velho ambiente de nós mesmos, se destaca com incrível nitidez. De repente, não cabemos mais em nossa poltrona, ela nos parece extremamente incômoda e inadequada. Dela nos erguemos, percorrendo nossa sala que agora parece ter perdido toda a intimidade que nela desfrutávamos. Uma sensação de inquietude nos invade. É quando encontramos aquela cadeira que antes vivia na penumbra, onde mal a percebíamos. E nos sentamos. Aos poucos, o acento vai cedendo ao nosso peso, e ela vai-se amoldando a nós mesmos, tornando-se bastante confortável. Então permanecemos sentados por mais um longo período. E dali, vamos percorrendo com o olhar todo o aposento, acostumando nosso vista àquela luminosidade mais intensa, até reconquistarmos aquela confiança em nossas verdades e certezas.
Mas chega o dia em que o grande lustre é aceso. E sua luz, de tão forte, não deixa que o menor detalhe escape à nossa análise. Todo o mobiliário, as imperfeições nas paredes, as irregularidades no assoalho e até as manchas de umidade do teto, saltam aos nossos olhos. Neste instante, atordoados e confusos, acreditamos estar perdidos. Mas é aí, neste momento, que torna-se importante não buscarmos outra cadeira, onde possamos acomodar nossas velhas ilusões. E mantenhamos nossos olhos bem abertos, com a coragem de não cerrá-los mais.



REBANHO

Um pequeno cardume desliza nas águas fundas do oceano. Um peixe vai à frente, orientando o caminho. Os outros seguem atrás. Cada um, inconscientemente de si mesmo, segue a movimentação do que está ao lado.
E assim, o pequeno grupo avança, unido. Mas nem sabem disso.
Muito do nosso comportamento herdamos dos peixes. Seguimos o que as normas sociais prescrevem, o que pensam os amigos, o que pensarão os inimigos. Norteamos o nosso destino por parâmetros externos e nem percebemos a vida bovina que levamos. E acabamos por nos entregar ao matadouro, dóceis, apesar de aturdidos.
É preciso ter coragem para romper estes padrões. É necessário ter peito para enfrentar todas as críticas e julgamentos que advém a qualquer pensamento ou atitude discordante. Deixemos para trás os nossos modelos, mesmo que sejam os melhores. Pois, de qualquer forma, nos escravizam .
Via de regra, tornamo-nos prisioneiros de utopias, de exemplos que estão muito longe de nós, que nos é quase impossível alcançar. Basta! É preciso que paremos, e olhemos para nós mesmos e vejamos, com clareza, quem somos. E é daí que devemos partir. Analisar não é o suficiente, nem o primeiro passo. É necessário que vivamos e, da vida, retiremos as nossas lições. Que nos comparemos apenas conosco mesmos e não busquemos nenhum mestre, além daquele que habita em nós.
Um forte abraço a todos.



UM GRITO DE ALERTA

Não vim aqui trazer o susto, o espanto, mas apenas um convite à reflexão, ao aconchego íntimo.
Reza o apocalipse, a última mensagem de um discípulo vivo, que seria bom que a besta fosse solta por mil anos, mil dias (valor simbólico). E ei-la a navegar a todo pano no leme dos desmandos, das irresponsabilidades, e pior: no sono letárgico que nos impossibilita de ver o que nos convém. Olhemos à nossa volta.
As nações tremem como jamais tremeram antes, nem mesmo sob o poder do tacão do Rei Midas.
As famílias, as células de formação dos indivíduos, se esfacelam ou se esfacelarão na ordem de uma para duas. Os valores seculares despencam para dar lugar a outros efêmeros, que só irão durar enquanto outros não tomarem seu lugar. Voltando às famílias, o que se vê hoje e, com grande regularidade, são filmes pornográficos entrando nos lares para deleite de dois, que estão na busca de emoções inebriantes. Mas que dois qual nada! Vocês não imaginam que legião ao lado desses dois, também assistem a fita na busca dos gozos grotescos. Aí estão instaladas a obsessão, a fascinação.
Agora pergunto: quanto tempo pode durar tal relacionamento? E se durar, que valores se poderá passar para os que nascerem nesse pseudo lar?
Nos queixamos do mundo, da sociedade mas, antes, averiguemos nosso universo interior.
E a besta estará solta por mil anos, mil dias.
Reafirmo meu grito de alerta.
O desequilíbrio está grande, está em toda parte, com nomes pomposos, que confundem a verdade e nos confundem. Porque fugimos do mais perfeito dos guias, do mais fiel amigo, chamado Evangelho.
Amigos, na maioria das casas espíritas, vemos que uma parte esmagadora de irmãos nossos, vem só em busca de um alívio para o momento, procurando encontrar tal alívio no passe e na água energizada. E realmente tal fato se dá mas, sem a reforma interior, o mal vai, o mal vem. O marasmo de hoje nos assusta.
Aqui deixo um convite e, fora este, não há melhor caminho. Estudem o livro primeiro de Kardec, o Livro dos Espíritos, depois refugiem-se no Evangelho de Jesus. Feito isso, espíritos embuídos da maior boa vontade irão se aproximar daquele que insistir.
Aí sim, o certo e o errado irão determinar suas fronteiras. As confusões de valores darão lugar à certeza do certo. Então virão a paz, as noites sem pesadelos e até o mapa carmático irá transformar-se para melhor...
Despertem irmãos, que o tempo para isso se reduz.
Repito; não vim trazer o susto, o espanto, mas apenas um convite para a felicidade que não está aqui, ou ali, ou com alguém, mas dentro de você mesmo.

Apenas João


UM RASCUNHO

Peguei a caneta.
Eu queria escrever.
Mas ela permaneceu quieta, calada, nenhum traço no papel. Ela nada ela fez.
Escrever o quê?
Falar de quê?
Dos desarranjos do mundo?
Das penas amargas?
Do desamor que grassa?
Falei, certa vez, de Deus.
Foi quando me perguntaram: quem é esse aí que eu nunca vi? Quem é essa muleta dos fracos? Afinal, quem é esse aí?
Então falei do seu filho e vejam só o que ouvi:
— O filho desse tal ser, é o filho que chamais Rabi? Foi mais um idealista, talvez um lunático que passou pelo mundo. Ainda bem que passou, se foi e eu não vi.
Com raiva, então, perguntei:
— E teu Deus, então, quem é? Pois não há ser que possa viver sem nenhum, mesmo que chame Mané.
A resposta ouvi, então, em uníssono. Milhares de vozes, talvez milhões.
O único Deus que realmente impera também é chamado rei. Rei isto, rei aquilo, talvez até um tal Midas, o que importa, é que seja rei. Que diante dos seus pés todos se dobrem e que, por ele, alguns vendam sua própria alma. Que as fêmeas, por ele se dispam e se entreguem, pois não há e nunca houve maior poder que o dele. Este sim é Deus, um Deus que tudo compra, que a todos compra. E disto, nem Judas escapou.
Cala-te caneta e chora comigo. Ou, se puderes, desenha. Isto sim! O novo homem. Pois este que está aí, é apenas um rabisco, um esboço e esperar por ele, é esperar por pouco.

Armando,
um rascunhista.
(êta escrevinhador ruim)



EVOLUÇÃO DOS MUNDOS

Reflitamos sobre a evolução dos mundos.
O universo está em constante evolução, porém existem mundos em diferentes estágios de progresso.
Se analisarmos os fatos, veremos que em épocas remotas, quando o homem ainda era um ser primitivo, sempre aconteceram situações que propiciaram avanços para o mundo terrestre. Em inúmeras oportunidades, os seres terrestres foram abençoados com a visita de seres mais evoluídos do que a época em que estavam.
Reflitamos sobre as grandes descobertas, sobre os gênios da humanidade, cujas teorias, até os nossos dias, são aplicadas.
Os grandes gênios, na verdade, são espíritos muito mais evoluídos que, com a graça de Deus, nos visitaram para proporcionar, à sua época, o crescimento de nosso planeta.
O homem, em qualquer época, sempre questionou o novo. Porém, a evolução dos mundos é inevitável e, consequentemente, a humanidade também evolui.
Reflitamos agora sobre as guerras.
A Terra, em sua caminhada, sempre esteve em guerra. E ainda está. Porém, por mais que os espíritos encarnados tentem destruí-la, jamais conseguirão. Porque o planeta continua em evolução. Na época da guerra fria, o homem poderia, com o apertar de um botão, destruir o mundo todo. Porém, os espíritos superiores que nos protegem e nos ajudam com a permissão do Criador, jamais deixaram seus postos, na vigilância dos atos inconseqüentes dos homens desta época. E de todas as outras.
Todos estes fatos demonstram que a evolução dos mundos é inevitável. Que seres mais evoluídos ajudam sempre os que estão num degrau menos elevado. E que, com a permissão de Deus, que está em tudo e que a todo instante proporciona aprendizado, todo ser, mais cedo ou mais tarde, por vontade própria ou não, terá de evoluir juntamente com o mundo, conquistando maior entendimento e mais luz para sua vida.



A CIÊNCIA E A RELIGIÃO

A ciência e a religião. Um casamento dos mais perfeitos? Ou a mais pura das antíteses? É possível que se aliem, a ciência e a religião?
Não só é possível, como necessário que sejam celebradas estas núpcias. O pensamento científico, tendo como base a confirmação ou o refutamento de hipóteses levantadas previamente, são a chave para a fé raciocinada, da qual tanto vocês já ouviram falar. A busca das respostas às questões básicas do sentimento religioso do homem, se dará através da observação constante e repetida de fatos e fenômenos, assim como da análise posterior dos dados observados. Estes procedimentos levarão à conclusões muito mais fundamentadas, farão com que o ser humano se utilize mais e melhor das suas faculdades intelectivas e progrida na sua capacidade de conhecer e compreender a vida. A fé, desprovida da razão, teve o seu papel e o cumpriu, numa época em que as descobertas científicas eram nulas ou incipientes.
Nos nossos dias, todos os grandes avanços tecnológicos e científicos, têm um significado muito especial. Fizeram com que se desenvolvesse no homem, no mais comum de qualquer um de nós, uma intimidade maior com conceitos mais abstratos, uma vez que eles são vivenciados no nosso próprio dia-a-dia. Isso tornou-nos mais curiosos e impacientes também, por outro lado.
Mas todas estas aquisições são o carro chefe de uma série de outras que precisam ser feitas. Elas vieram demonstrar ao homem que, apesar se todos os seus avanços, suas questões fundamentais a respeito da vida e de si mesmo, ainda não puderam ser respondidas. Precisamos buscar estas respostas em outras áreas. Na do desenvolvimento moral, por exemplo. Com o desenvolvimento da nossa inteligência temos de vencer o nosso maior desafio: o de não nos deixarmos dominar por ela. O de não nos abandonarmos aos seus ditames imperativos.
E uma nova era se abre para a humanidade: a era da sensibilidade, da conscientização. A consciência a respeito de si mesmo e da parte que assumimos no todo.
Na verdade, tudo faz parte do grande plano. E cada coisa à sua época, cada etapa ao seu tempo.
Saibamos atravessar este novo portal que se abre às nossas vistas. Atravessemo-lo sem medos. Tudo faz parte do grande plano. Nada acontece à toa e destituído de significado.
Compreendam a sua fé. Estimulem sua criatividade. Mantenham sua mente ativa e o seu coração sadio.
Abram-se para experenciar a fluidez e a flexibilidade que habitam em todo o Universo. Aprendam a ser, verdadeiramente, humanos. Na sua acepção mais pura, mais próxima da acepção de Deus.
Caminhem!
E contem conosco.

Abraço estreito



TORMENTAS

As tormentas fustigam nossas vidas.
Quando menos esperamos, nos açoitam com rajadas de problemas.
Quando menos esperamos, nos abatem com mágoas e desajustes.
Quando menos esperamos, nos afogam em desmandos.
Tormentas nos açoitam, nos afogam, nos sufocam. Mas eis que surge a calmaria e, então, cabe a nós juntarmos o que sobrou dos destroços. Cabe a nós nos ajustarmos, nos reequilibrarmos e seguirmos nossa vida calmamente, mansamente, esperando que, ao surgir de uma nova tormenta, Deus nos estenda a mão.

Araújo



PENSAR

Penso que posso tudo nesta vida.
Penso que sou forte e que a tudo suportarei.
Penso que posso voar, sem que ninguém possa deter-me.
Penso que sou capaz e, dentro desse meu pensamento, me vejo fazendo tudo que ainda não consegui realizar.
Penso e, enquanto penso, a vida passa à minha volta. E leva-me os anos, sem eu nunca ter tentado realizar alguma coisa.
Penso que o tempo passou demais e que, agora, é tarde para pensar em algo realizável.
Penso que fiquei mergulhado em pensamentos que nada me ensinaram, que não me elevaram e que me deixaram perdido no tempo.
Num tempo que não voltará mais. Que não mais me trará vontade de pensar. Que ensinou-me a valorizá-lo, buscando a concretização de tudo aquilo que penso.

Um sonhador



LENÇOS X PENSAMENTOS

Lenços no varal. Coloridos, esvoaçam. O vento sopra sobre eles. A água vai escorrendo. Pingos no chão. O vento. Tornam-se enxutos os lenços. E é com muito mais leveza que dançam com a brisa. Uma imagem de suavidade, de tranqüilas tardes de verão, numa cidadezinha qualquer. Leve transformação.
Os lenços, pesados de umidade, tinham um bailado mais lento e emaranhavam-se uns nos outros. Os nossos pensamentos também. Cheios das idéias pré-concebidas que teimamos em emitir, soltam-se ao vento, carregados pelas nossas palavras. Misturando-se com outras frases soltas a esmo, enchem o ar com a umidade pegajosa de nossos preconceitos. Assim, o mundo se enche de frases feitas. E quando as pessoas escutam-se umas às outras, falando tão igual, pensam estar certas e terem encontrado reciprocidade, e terem encontrado um amigo.
Como o vento que sopra sobre os lenços, fazendo com que eles sequem, devemos soltar nossos pensamentos. Livres, como pipas que voam depois de terem rompido com o cordão que as mantinha presas a uma origem certa, a um destino previsível. Num primeiro momento, voarão. Não irão a lugar algum. Visitarão muitas moradas. E pensaremos assim: Estou perdido... perdi minhas referências... e agora?
Mas, aos poucos, num processo gradual mas nem tão lento, tomarão seu curso. O do Pai Maior. E encontrarão nas coisas mais simples, todos os seus motivos, todas as suas causas, todo o seu destino.



CERTEZA

Procuram tanto por mim...
Nos lugares mais difíceis, mais sombrios, mais escuros.
Gritam meu nome, querendo, com isso, que eu apareça. E pronto... tudo resolvido, tudo fixado.
Primeiro, distanciam-se ao máximo de mim, se aventurando, correndo riscos sem a menor consciência de onde estão se metendo.
Imaginem uma criança que foge pela janela à procura de aventura, não contando com o perigo da queda.
É assim que vocês todos são.
Arrependidos, voltam assustados e temerosos.
E eu, que queria apenas passar de leve na vida das pessoas, sou requisitada a todo instante e sofro quando querem me aprisionar. Fujo, me recuso a ficar. Sou incompleta, limitada, não posso dar garantias, pois sou fraca. Também quero permanecer, mas apenas na cabeça de todos pois, assim como vocês, procuro alguma coisa que possa tirar os temores que sinto.
Certeza, que nome bobo me deram... que responsabilidade impuseram sobre mim!
Quero ser tão viva quanto o sentir. Que bons companheiros nós seríamos... Viveríamos felizes e teríamos, mais tarde, os nossos próprios filhos percorrendo os corações dessas tantas pessoas que, como vocês, seriam bem felizes também.

Uma amiga



O SHOW NÃO PODE PARAR

Como ondas no mar, já diziam os contos, nenhuma será igual a outra. E cada minuto, cada segundo diferirá do outro. O que passar, não tem mais como modificar.
Nossa vida não é um vídeo tape, é uma opera representada ao vivo, sem ensaio e com apresentação única.
O show não deve parar. Devemos sentir com nossos erros e acertos e nos prepararmos para o próximo ato. O enredo não muda enquanto não aprendermos suas lições. Repetiremos cada cena até que possamos passar para a próxima. O livro da vida não é fácil de ser interpretado, pois o curso de nossa história pode ser por nós alterado, quando nos deixamos cair em mazelas e mais mazelas. Não nos culpemos, não nos martirizemos com isso, irmãos. Deixemos apenas que venha o aprendizado de Deus, cada vez mais forte dentro de nós. Deixemos que nossas vidas sejam guiadas pelos seus ensinamentos. E aprendamos a encenar, com prazer, toda a "ópera", da maneira que for necessária. Mas lembremos: apesar de repetirmos o mesmo exercício, nada do que foi, será de novo. A vida é como as ondas no mar.
Boa noite, irmãos, e até a próxima semana.

Um irmão



PALAVRAS

Embora as palavras tenham grande poder no universo a moral dos homens não deve ser medida por suas palavras mas sim pelos seus atos.
Todo e qualquer sentimento tem mais poder do que aquilo que falamos, pois eles provêm diretamente do coração do homem, cuja essência é divina. Isto não quer dizer que devamos sair pelo mundo a fora, dizendo toda e qualquer coisa que nos venha aos lábios.
Deus nos deu dois ouvidos para escutar e apenas uma boca para falar. Pensemos antes no que vamos dizer e, principalmente, antes de profanar a moral alheia. Toda vez que formos falar, sem conhecimento de causa, de alguém, nos imaginemos sendo difamados injustamente por outras pessoas. E toda vez que nossa fala estiver embassada com conhecimento de causa, imaginemos a nós mesmos, pedindo clemência e perdão por nossos erros.
Pensem, irmãos, e saibam que, por mais derrotas que passemos em nossos caminhos, no final, a vitoria será do amor.



BUSCAR ONDE?

Aquele que busca fora de si o que está dentro, está fadado ao fracasso.
Ninguém pode dar-lhe aquilo que você não tem. E, se você já tem, por que buscar fora?
Os verdadeiros mestres são solitários e se negam a ser mestres ou guias de alguém. Eles se fazem por si e quando falam do que sabem é para despertar as consciências, pois também sabem que cada um deverá fazer-se por si. O mestre de si mesmo sabe que, da maioria dos que despertam numa primeira fase, que sempre é longa, poucos conseguem atingir as seguintes, e elas são muitas. Por isso não chegamos a compreender Cristo, Buda, Krishna e tantos outros.
E são nestes níveis de consciência que navegamos, à velas soltas. Às vezes, com sérios riscos de soçobrarmos.
Amigos de sempre, se querem um guia seguro, sigam a codificação. Um dia, quando estiverem em unidade com o cosmos, poderão desprezá-la, assim como a todos os mestres. Deixem que ela os leve pela mão, até que possam, depois, correr.
Cristo disse: Sou eu o caminho, sou a verdade, também a vida. Sigam-me os que estiverem prontos.
Mas notem: Ele não deu caminho algum, apenas apontou o melhor, e para provar que não despertamos ninguém, que cada um desperta por si. O maior dos mestres foi traído, negado e deixou dúvidas em três dos seus doze seguidores.
Então, que cada um não tenha a pretensão de mudar ninguém, apenas a si mesmo. Mas nunca, jamais deixem de pregar, de falar da verdade dos iluminados, mesmo não sentindo ainda a luz plena, o seu sabor, por vislumbrá-la como réstia.
Falei o suficiente, e penso que até demais.
Alguém que, pelos tempos, viveu em muitos monastérios. Mas que, um dia, ao ouvir Cristo, nada mais precisou, nada mais procurou.



TRISTEZA

Triste é o ser que lutou indefinidamente na vida, sem nunca ter conseguido aprender a lutar contra a sua própria fúria.
Triste é o ser que caminha a esmo, sem entendimento de si e do mundo à sua volta.
Triste é o ser que, revoltado, apela aos seus deuses, na esperança de que eles se revoltem contra o mundo, a seu favor.
Triste é o ser que manipula os mais sublimes sentimentos do seu próximo, para atingir seus objetivos mais vis.
Triste é o ser que carrega em seu coração, rancor, amargura e ódio, sem jamais ter apreciado a beleza dos quadros que o amor lhe ofertou.
Triste é o ser que não vê, em seus caminhos, senão a usura e a apropriação de bens que não lhe pertencem.
Se você se sente triste, filho, olhe detidamente o quadro acima e perceba o quanto você é feliz.

Um amigo que veio visitar



TEMPO

Escoando lentamente, continuamente, o tempo nos apressa para o amanhã.
O tempo assinala a hora em que deveremos deter o nosso tempo interior, a fim de sorver o tempo do Pai.
Caminhando pausadamente, evitamos as diretrizes que os caminhos bons nos assinalam e não nos detemos diante das inúmeras oportunidades que o prazer nos apresenta. Para elas corremos com sofreguidão e sofremos se o tempo também corre. Pensamos, nessa hora, em como é curta a felicidade e quão longa a tristeza.
Esquecemos que o tempo somente assinala o intervalo dos acontecimentos e não interfere nos seus conteúdos.
Esquecemos que o tempo parecerá longo demais, sempre que o nosso pensamento, que a nossa atenção, estiver detida em espaços que o tempo ainda não atingiu, ou em espaços já vivenciados.
E, para tanto, não bastará acelerar o tempo por meio do entorpecimento das angústias, das emoções frívolas e passageiras.
Há que se medir cada segundo da dor para avaliar sua intensidade, sua razão, seus porquês.
Há que se analisar nossos sentimentos e lutar para que o tempo não escoe, sem que tenhamos entendido os seus motivos. Sem que tenhamos superado nossas mazelas, para que não haja mais o tempo em que se tenha que vivenciar tudo outra vez.
Faça o melhor, ao seu tempo.
Aprenda a lição enquanto há tempo.
Paz a todos.

Sílvio



GLOBALIZAÇÃO

A humanidade, em tempos de globalização, vive a pesquisar e a estimar projeções populacionais para os próximos anos, 2.000, 2.010, 2020... por aí.
Quem ouve uma projeção destas, logo faz algum comentário do tipo: quanta gente... onde vamos parar?
Muitas vezes, pensamos que estas pesquisas e estudos são feitos com o intuito de se avaliar a população mundial de carentes, que nem tem onde morar ou do que se alimentar, para buscar soluções para estes problemas.
Mas, na verdade, com algumas exceções, estes estudos são realizados para verificar-se o potencial do mercado consumidor. Com a globalização, o aperto tende a se multiplicar e empurrar os mais fracos, ainda mais. O mundo, no seu estágio atual, necessita sim, de pesquisas. Porém, devem ter um alvo direcionado para o ser humano e não para o mercado. Já é tempo de se avaliar as misérias estacionadas pelo mundo, bem como a expansão dos conhecimentos em todas as áreas. A começar pela educação dos países menos favorecidos, que são os que possuem maiores índices de natalidade, em contraste com os maiores índices de mortalidade infantil.
Enquanto existirem na Terra, países que se tornam grandes e ricos em detrimento dos demais, com certeza, não teremos a harmonia, o equilíbrio tão falado pelas religiões terrenas e tão pouco praticado neste mundo com tantas maravilhas e com tantos descasos e que, ainda assim, se diz habitado por seres semelhantes ao Criador.



A HUMANIDADE

A humanidade atravessa hoje um momento delicado e difícil. Momento que exige de todos as qualidades do equilíbrio, do bom senso, do auto-conhecimento. Momento que exige uma posição responsável de cada um dos habitantes deste planeta.
Digo isto, por quê? Porque tornou-se difícil hoje definir-se e se posicionar, com tranqüilidade, diante de tanta oscilação nos conceitos, nos valores, no ato de discernir o certo ou o errado. As sociedades e os grupos dos quais cada um faz parte, apresentam posições diferenciadas, pontos de vista variados, conceitos e valores muito distantes.
O que num momento é "escandaloso", no momento seguinte vira moda, dá "status" porque foi defendido por alguém ou por um grupo de pessoas notáveis.
Já não se consegue avaliar com tranqüilidade e isenção aos valores pré estabelecidos.
Pais não sabem como educar seus filhos, filhos já não sabem como ouvir os pais ou a quem ouvir.
Já não sabem como direcionar suas atitudes pensando em não ferir, ou não se sobressair como diferente.
Enquanto cada um dos habitantes desta terra estiver "solto" oscilando em suas posições e atitudes, o equilíbrio, a harmonia e a evolução mais tranqüila estarão distantes.
Enquanto cada um dos habitantes desta esfera não assumir a sua parcela de responsabilidade no direcionamento de sua própria vida, o desequilíbrio, os "escândalos" continuarão a abalar a humanidade.
Este momento, como já dissemos, é delicado. É preciso que seja transformado pelos seres em evolução num momento de maior capacidade intelectual, de expansão da consciência, de conquista do discernimento, de uma maior "liberdade" de pensamento e ação. Mas é importante que não se esqueçam de que toda liberdade traz consigo uma grande responsabilidade: a necessidade do equilíbrio, da seriedade e da lucidez.
Se hoje as idéias, as posições, as atitudes são tão livres e na livre expressão difundidas, maior se torna a necessidade de equilíbrio, de conhecimento, de bom senso e poder de análise desvinculada de "pré-conceitos". Maior seriedade é exigida de cada ser participante desta ação renovadora.
E esse equilíbrio, esse bom senso, como conseguir?
Tendo como parâmetro, como peso e medida para nossas atitudes, o caminho já mencionado por muitos: o caminho do amor, da fraternidade, da caridade e da busca do conhecimento.
Diante das situações desta vida, em todo momento de dúvida, de falta de direção, quando não souberem o que fazer, perguntem à sua própria consciência, ao seu bom senso se a atitude a tomar está baseada no respeito, na fraternidade e no amor para com os outros e para com vocês mesmos. Perguntem-se, nos momentos de tomar decisões, se existem nas suas atitudes, o respeito para com os princípios de amor, ao ser divino que é você.



TRISTEZA X ALEGRIA

A melancolia e a tristeza não são piores do que a alegria que comumente expressamos de modo barulhento e excessivo. Um rosto pesado e triste demonstra o que vai na alma daquele que o estampa. Por detrás do alarde de um riso solto nem sempre há uma alma feliz. Aprendemos que os sentimentos prazerosos e positivos são desejáveis. Aprendemos a camuflar nossas verdadeiras emoções, mascarando-as, esculpindo-as em nossa face. Aprendemos a desejar este estado de espírito e confundimos a sua aquisição verdadeira, com a expressão externa de alguns dos sinais do seu indício.
Cuidado! Há grande perigo nisso! Se pensarmos bem, veremos que num rosto sofrido há mais verdade que naquele em que o riso fácil é denunciado pela opacidade do olhar.
Não temam os sentimentos como negativos. Eles sempre abrem portas. Tenham medo, isto sim, de não serem fiéis ao que sentem e pensam. A fidelidade consigo mesmo é o primeiro passo da construção da fé. Manifestar-se autenticamente traz a confiança maior em si mesmo e abre as portas do nosso interior, permitindo que também estejamos mais permeáveis aos verdadeiros ensinamentos que a vida nos mostra.
Quando um ser comunica a outro, através de seus atos e palavras, aquilo que ele verdadeiramente é, cria-se um elo de empatia e calor que leva à uma troca profunda e efetiva. E é por meio das trocas que fazemos com o mundo, que crescemos e ajudamos a crescer.

Muita harmonia a todos



CAMINHADA

Ofegante da caminhada, paro e descanso aos pés de árvore frondosa.
E assim, ao sabor do vento, me entrego à contemplação dos inúmeros pássaros que, acima de mim, festejam a vida.
Em seus cantares percebo a grandiosidade de seus seres. Pequenos no tamanho mas grandes na sabedoria, pois seguem suas vidas ao sabor da música.
Mas os pássaros não pensam como nós, não sentem como nós. Como então comparar suas atitudes às nossas?
Então, percebo que a comparação seria um absurdo realmente, mas o exemplo, não.
Por que então, não nos espelhamos nos pássaros?
Por que não fazermos de nossa vida uma eterna melodia? Os acordes graves poderão simbolizar a nossa dor que, imediatamente, podem transformar-se em acordes agudos, representando a nossa paz e o nosso equilíbrio.
E assim, olhando aqueles pequeninos, meditei longamente a respeito da vida, dos ensinamentos que a natureza encerra.
E esquecido do meu cansaço, segui minha marcha, repleto de forças novas.

Alguém que veio olhar



CRISTALEIRAS

Conhecem as antigas cristaleiras? Aquelas que se colocam num canto da sala e nunca as mudam de lugar?
Aquelas que ficam muito tempo, passando de geração à geração. Empoeiradas, perdendo o brilho, juntando traças, teias, guardando tesouros, segredos, relíquias, presentes, enfeites, coisas de grande valor.
De tempos em tempos, trocam-se as louças, renovam-se os talheres, os cristais. Mas a velha cristaleira permanece aconchegando o novo, da mesma forma com que guardava o antigo. Permanece inalterável, no mesmo canto, da mesma sala, vendo o tempo passar...
Parece-me bastante semelhante ao que muitos fazem com suas próprias vidas. Muito semelhante ao que fazem com suas experiências: "fincam pé" num determinado espaço, numa determinada situação e acomodam-se. Guardam idéias, ideais, conceitos e preconceitos dentro de si, por longo tempo. E quando o dinamismo da vida lhes traz algo novo, o recebem. Porém, da mesma forma com que guardavam as antigüidades, com as mesmas poeiras, com as mesmas teias, sempre no mesmo lugar. Dão apenas tempo ao tempo para que o novo torne-se velho, dentro de si.
Atentem para que não se apague o brilho dos cristais que somos, com o ranço e a poeira das nossas mentes - velhas cristaleiras.



TEMOS O QUE PODEMOS E PRECISAMOS TER - A ESCOLHA DAS PROVAS

Reclamamos do país em que nascemos, reclamamos do governo que temos, da opressão do mundo, da inversão de valores. Alegamos que é difícil ser bom, correto, em meio a tanto mal; gritamos aos quatro ventos o tamanho da nossa competência em meio a tanta mediocridade e fazemos de nós, seres perfeitos, um quase Deus. E a um Deus se dá tudo.
A um Deus se dá um companheiro ou companheira perfeita, para que essa perfeição suporte todos os defeitos desse Deus.
A um Deus se dá poder porque só um Deus sabe imperar.
A um Deus se dá bons filhos, filhos servis, filhos prontos a serem aquilo que esse Deus não foi, pois tal é sua vontade.
E pobre daquele que, mesmo inocentemente, humilhar tamanho poder, pois pagará caro por isso.
E encerro aqui esta lista do que somos. É verdade que exagerei um pouco, que usei da força das palavras. Mas não apenas usei de um recurso literário pois, se cada um buscar bem no fundo de si este Deus citado, com certeza, o encontrará.
E como se esconde bem esse Deus! Por isso, as provas. Pois só elas poderão desentocá-lo, expor sua nudez. Por isso, repito, a razão das provas. E não reclamem pois, com poucas exceções, nós as escolhemos.
Temos o que precisamos. E lembro aos que sofrem que as grandes soluções, as grandes obras, as grandes descobertas só nascem em meio às grandes crises. Sejam crises externas ou inerentes a nós... Por isso, suporte aquilo por que passas, pois é disso que você precisa.
Atente nisto.
Lição mal aprendida, lição repetida. E não raro, os espinhos desta segunda ou terceira vez são mais pontiagudos.
Para finalizar.
Não há prova impossível de ser suportada; nós é que lhe damos o tamanho. O espiritismo, o cristianismo revivido, é todo ele um caminho de esperança. Aquilo que nos parece um mal, é apenas lição. Ela só terá a duração da medida da nossa boa vontade. E o início desta boa vontade é destronar de vez esse Deus que é, todo ele, criação nossa.
Aprendamos com aquele que foi o mais humilde e o mais glorioso ser que pisou neste planeta.
Que tal espelhamento seja o caminho de todos...
Apenas alguém que está na mesma faixa vibratória de todos vocês.

André



CONSEQUÊNCIAS PELO QUE SE PENSA

Criar vínculos com as redes indissolúveis que se perpetuam através da vida pode nos aprisionar após a morte em malhas densas e em abismos insondáveis. A mente perturbada por esses laços se deixa envolver e se perde por longo tempo, e perde tempo nos passos que precisa dar.
Nossos atos e nossos pensamentos, quando tomados por sentimentos profundos, são questionados no final das contas, quando perdemos o verdadeiro sentido e a verdadeira razão que nos levou aos desatinos. Quem o maior prejudicado?
Vínculos criados pelos maus pensamentos e pela força da vontade, tornam-se indissolúveis e criam teias tão fortes que séculos e séculos se fazem necessários para que se cortem, se dissolvam e permitam, tanto ao emissor quanto ao receptor, acordar e enxergar a luz. Por outro lado, vínculos criados pelas más palavras, os bons atos destroem.
Guardar mágoas, criar situações que desencadeiam ódio, revanche, rancor, não deixar transparecer nossos verdadeiros sentimentos e esconder num doce sorriso ou num meigo olhar, toda a revolta e dissimulação, toda a suposta dor que determinado gesto causou é a forma que algumas pessoas encontram para deixar fluir toda a carga negativa acumulada e dissimulada. Jogar desta carga, sem medir conseqüências às outras pessoas, traz seqüelas que lamentarão, no dia que forem possuidores da compreensão de todo potencial guardado dentro de si.
Reciclar essas energias, transformá-las, ou simplesmente aniquilá-las, será um aprendizado longo e dolorido, pois o homem necessita experenciar os extremos. Um não existe sem o outro.
Descobrir o próprio potencial e usá-lo de maneira a beneficiar a você e seqüencialmente a todos, é um trabalho evolutivo que só gradualmente pode ser avaliado e conhecido, à medida que descobrirmos que também sofremos as conseqüências de cada um dos nossos pensamentos.



APRENDER COM O HOJE

Quantos sonhos perdidos, esquecidos no passado distante...
Mas o que é o passado? É algo que ficou lá para trás, perdido...
Devemos sempre vivenciar o hoje. Pois o hoje, o agora, é o que realmente deve nos importar.
O ontem já se foi. Amanhã, quem sabe o que virá?
Portanto, o importante em nossa vida é o agora. É cada momento que vivemos com sabedoria, transpondo obstáculos sem nunca perder a fé. É aceitar cada falha, cada dor, cada contrariedade como experiências pelas quais precisamos passar. E, após cada experiência, positiva ou negativa, percebermos como crescemos em aprendizado, em tolerância, em afeto.
Sejam quais forem as experiências pelas quais passarmos, tiremos delas lições proveitosas. Lições que nos impulsionarão sempre para a frente.
Hoje, temos um pouco mais de conhecimento e sabedoria do que possuíamos ontem mas, com certeza, ainda estamos menos preparados do que estaremos amanhã.
O ontem já se foi. O futuro é incerto. O hoje é o nosso momento, é o momento presente. Vamos vivenciá-lo plenamente, cheios de amor e perdão dentro de nossos corações.

Kadú


TRISTEZA X ALEGRIA

Pássaros alçam vôo. Asas largas, abertas, cabeças inclinadas para frente, em perfeito equilíbrio. Seguem um líder que não é sempre o mesmo. Revezam-se em todas as posições, desenhando no céu um balé harmonioso.
Da terra, um homem observa os pássaros. Inveja a sua liberdade. Anseia por novos ventos que o levem a lugares distantes e desconhecidos. Neste momento, percebe o seu dia enfadonho, seu amanhã na mesma perspectiva. E se entristece. Ao se entristecer, segue em viagem para dentro de si mesmo.
Quantas vezes vivemos momentos assim? A tristeza sobrevem-nos. E nos acreditamos doentes. E cremos que o nosso reequilíbrio depende da sua negação. Então passamos a entorpecer nossa razão num jogo de faz-de-conta, de não conto a ninguém e vamos nos refazendo. Pensamos que abandonamos a tristeza e nos agarramos às tábuas das nossas pequenas felicidades. E tememos cair novamente nesse estado, sacudindo a cabeça sempre que uma imagem assim, como a dos pássaros, desperta os nossos vôos internos.
Mas será assim? Será a tristeza uma vilã a ser combatida?
Eu diria que não. Que ela nos traz a circunspecção; a introjeção tão necessárias ao burilamento de nosso íntimo. É na intimidade das ostras que nascem as mais valiosas pérolas. Melancólicos, somos ostras.
Cada coisa ao seu tempo e em seu lugar. Assim como temos o tempo do ensimesmar-se, temos o momento de abrir-nos, com todas as valiosas aquisições que fizemos neste período. Um instante não existe sem o outro.
E superestimar apenas uma forma de sentir, é negar-se ao aprendizado pleno. A tristeza e a alegria. O sonho e a realidade se completam. Não como antíteses. Mas como síntese do que verdadeiramente somos. Ou conseguimos ser.

Abraço estreito


AS MÁSCARAS

O esquecimento de nós mesmos, às vezes, faz-se necessário. Nos anularmos, deixarmos de lado aquele "eu" que conhecemos, esquecer de sua existência, permitindo assim, que nossos outros "eus", melhores, mais bondosos, mais humanos, comecem a vir à tona.
Temos medo de deixar de lado essa faceta que mostramos ao mundo. Estamos tão enraizados nessa nossa maneira de ser, que a máscara social que fomos moldando à nossa volta, já faz parte de nós, como uma segunda pele.
Mas este "ser social" não somos nós. São apenas máscaras e armaduras que vamos trocando, conforme as necessidades vão surgindo.
Mas por que agimos assim e insistimos em nossas comédias ou dramas diários?
Para nos salvaguardarmos dos outros, ou de nós mesmos?
Já não seria hora de jogarmos fora as máscaras e as armaduras e nos tornarmos aquilo para o qual nascemos? Um ser humano.
Não adianta nos escondermos. Afinal, estamos nos escondendo de quem?
Aquele que realmente interessa sabe, exatamente, como somos. Não conseguimos esconder nada Dele.
Os outros? Bem, os outros são como nós. Também encontram-se escondidos dentro de suas armaduras. Também amoldaram-se tanto nessa barreira que formaram em torno do seu verdadeiro "eu", que já não sabem mais dizer quem e como são, na realidade.
Mas sempre é tempo para efetuarmos mudanças, transformações. Deixarmos de ser a feia lagarta, passarmos por um processo de metamorfose, como se fôssemos uma crisálida, e nos transformarmos em um belo ser, como acontece com uma borboleta.
E ao conseguirmos passar por todo esse processo de modificação, seremos resplandecentes de luz, amor e bondade.
Que Deus os abençoe em seu caminhar. E que todos vocês tenham a coragem necessária para dar o primeiro passo em direção à sua transformação e ao seu desabrochar.
Fiquem envoltos em muita paz e muita alegria de viver.

Um irmão, um amigo,
Julião



CAMINHO DE SURPRESA

Num tonel translúcido há muita água. De um azul claro e luminoso, apesar de denso. Nenhuma forma viva parece habitar ali. E, no entanto, quanta vida transparece naquela água! Apesar de parecer que sim, o olhar não consegue desvendar os seus mistérios. Mas eles não são assim, tão insondáveis...
Num outro tonel, uma água escura, quase gelatinosa, parece abrigar miríades de seres. No movimento que fazem, identificamos sua inquietação. E dela nos ocupamos, confirmando nossas suspeitas ao observarmos aqueles organismos microscópicos com lentes poderosas. Muitas vezes agimos assim. Nos cercamos do óbvio para simplesmente nos certificarmos de que estávamos corretos. E perdemos o contato com as energias mais sutis, que ainda não conhecemos nem compreendemos. Na aparente impenetrabilidade dos fatos que fogem ao nosso entendimento imediato, nos furtamos a pensar, até mesmo, na possibilidade do desconhecido.
Há muito por se aprender. Por isso, não se atenham apenas ao que as aparências evidenciam, nem tão somente às respostas esperadas para as suas velhas questões. Vocês, agora, atravessam um momento delicado. Já se sentem fortalecidos e amparados. Encontraram um relativo equilíbrio em suas vidas. A tendência é pensar que as coisas já mudaram, que uma profunda transformação foi operada. Mas não... apenas ensaiam os primeiros passos de um amplo projeto. Sintonizem-se com o próprio amadurecimento, fujam daquelas fórmulas de bem viver, das quais todas as religiões estão repletas. Procurem ver mais além, pois nas transparências que parecem desvendar-se por si só, existe uma infinidade de nuances a serem percebidas.
O caminho surgirá. Sempre cheio de surpresas.



MÃOS

Mãos que correm o papel a registrar idéias e ideais.
Mãos que constróem casas, cidades, murais.
Mãos que plantam, colhem, alimentam.
Mãos que desenham, pintam, reproduzem, expressam tons, cores, emoções.
Mãos que afagam, abraçam, tocam, transmitem calor, luz, vibração.
Mãos que também batem, se fecham, arrastam, ferem...
Que também aprisionam, pesam , esmagam, sufocam...
Curam e matam.
Embalam e agridem.
Acariciam e ferem.
Apenas veículos que expressam toda riqueza e toda contradição que há dentro de cada ser humano. Instrumento de ação para traduzir tudo o que cabe num coração.



CHAGAS DA HUMANIDADE

Quantas chagas a humanidade carrega em sua trajetória terrestre... É o ódio, a inveja, o desamor, o egoísmo e tantas outras.
Não importa se o homem se encontra em um estágio avançado em termos das ciências que ele, por bondade do Pai, conseguiu atingir.
O fato é que, diante deste progresso todo, o homem evoluiu muito pouco em termos de uma melhor compreensão dele mesmo e de tudo que o cerca.
Nas mínimas coisas o homem ainda escorrega em suas imperfeições. Até percebe o caminho correto, mas teima em não seguí-lo.
Na maioria das vezes, até quando faz algo de bom para outro semelhante, no fundo de seu âmago, deseja um retorno, pois sempre procura recompensas. E quem age assim não tem mérito nenhum.
No mundo encarnado o que conta é o mérito, pois o só fazer, o só ganhar, não lhes proporciona evolução nenhuma.
Notem, até aquela árvore torta, muitas vezes de aparência feia, produz bons frutos. Não é diferente com os homens que tentam carregar consigo a luz Divina, que em algum momento de sua existência tocará seu coração para sentimentos de que realmente necessita.
É o amor, em sua mais alta elevação, que abrirá as portas da caridade, do fazer o bem pelo bem e não pela promoção no mundo encarnado ou espiritual. Pois, para Deus, nada passa despercebido.
Homens, extirpem estas chagas de seus corações, pois do contrário de nada valerão aos olhos do Criador. Ele, que por amor à humanidade, já lhes enviou muitos seres iluminados. Mas o máximo que os homens aprenderam das lições tomadas, foi fundar religiões, seitas, organizações que têm somente um objetivo: não o amor verdadeiro, mas a manipulação dos bons sentimentos das pessoas. O resto da história, os bons livros contam.
Portanto, não existe salvação, sem que cada um procure combater dentro de si mesmo as suas chagas. Elas são como ervas daninhas, que se não forem combatidas a tempo, tomam uma plantação inteira.



LAPIDAÇÃO

Conhecem as pedras preciosas que ficam escondidas no interior das rochas? Pedras que nasceram belas, brilhantes e que foram envolvidas por uma camada dura, de aparência bem menos bonita, bem mais grosseira. Nem por isso deixam de ser belas e brilhantes, precisam apenas ser encontradas e lapidadas.
As imperfeições do ser humano se assemelham, por metáfora, a essa situação.
As paixões terrenas, o contato com as energias grosseiras desta etapa, favorecem o endurecimento e a carapaça protetora que o homem "cria".
A vingança é instrumento de satisfação do orgulho, do ódio, da ignorância, das imperfeições, também da falta de fé. Fé no futuro da humanidade, fé na justiça natural contida na evolução, lei regente de toda a experiência.
Conhecer as imperfeições, experimentá-las, faz parte do trabalho evolutivo. Isto porque somente conhecendo-as, vivenciando-as é que poderão combatê-las. Não conhecê-las seria injusto porque cairiam, como caem, ao primeiro contato com elas. Conhecendo-as, estarão vivenciando-as, se prontificando a vencê-las.
Porém, é necessário que façam a parte que lhes cabe. A lapidação própria, de cada pedra preciosa que são, acontece pelas mãos de outros muitas vezes, mas exige também sua ajuda.
Relembrem da preciosidade que carregam dentro de si, reencontrem a beleza existente no seu interior, mesmo que endurecida pela incompreensão. Lembrem-se da força que existe em cada ser.
Recebam um abraço carregado de alegria e entusiasmo, para que se lembrem da fé depositada pelo Criador em cada um dos seus filhos, suas obras de amor.



FALAR DE SI MESMO?

O mosaico marroquino imprime às paredes a atmosfera de mistério e bom gosto. A porta interroga o interior da sala. E se fecha, apesar de aberta, na escuridão que encerra. Há momentos em que nos comportamos assim, belas fachadas que não se dão a conhecer, insondáveis. Em nosso interior, nem mesmo nós temos as chaves para todos os aposentos. Conhecemos os cômodos por onde mais circulamos e ignoramos o sótão e o porão do castelo do nosso ser. De quando em vez, vislumbramos alguma fresta, mas ao nos aproximarmos dela, pouco conseguimos perceber na tênue penumbra. Somos desconhecidos de nós mesmos. Montamos um discurso, enumeramos nossas qualidades, apontamos alguns defeitos e nos cremos senhores da nossa intimidade. Mas qual... nossas reações nos contradizem e nos fazem pensar que o impulso é pai dos nossos atos impensados. Será? Terá sido o inesperado, fruto dos nossos desatinos? Ou será a nossa essência que espreita a possibilidade de mostrar-nos a nossa cara? De qualquer forma, pouco importa. O que estou tentando dizer é para não se apegarem demais à idéia que fazem de si mesmos. E então, se pouco tendes a afirmar a vosso próprio respeito, com que direito o fazeis em relação aos outros?
Nossos atos são muito mais fortes que nossas palavras. Eles tornam visíveis as nossas contradições e palpáveis as nossas ambigüidades. Firmem-se no modo de agir em relação ao mundo. As palavras normalmente são filhas da imaginação, dos ardis utilizados pela mente para engendrar tudo aquilo que a ação desmente.
Não pensem muito nisto tudo. Apenas, ajam de modo que espelhem tudo o que gostariam de ser. Aprendam a silenciar-se. Falar a respeito de si é desnecessário e infrutífero.

Abraço-os, com calor


A ESCRAVIDÃO DAS LETRAS

A dor tem o tamanho do queixume. Terá o amor a duração da jura? A contemplação embeleza a paisagem com os significados que lhe emprestamos. A beleza e a feiúra são adjetivadas conforme aquilo que nos foi dado a conhecer e a apreciar. Criamos um mundo completamente artificial com as nossas palavras. Tornamos realidade tudo aquilo que sabemos traduzir através da expressão de nossas idéias. E, sejam elas claras ou não, muito longe se encontram de abarcar a verdade. Vivemos iludidos de que tudo o que vemos é o real. Nos confundimos quando alguém mais experiente no uso da língua, com uma lógica mais apurada nos seus raciocínios, nos expõe um ponto de vista diverso do nosso. Aturdidos, buscamos nos livros, novas palavras que fortaleçam a nossa antiga maneira de pensar ou fundamentem as novas concepções que passamos a abraçar.
E assim vamos, flutuantes no mar de vocábulos e expressões que utilizamos para tornar mais coerentemente exprimível a nossa vida. E assim iremos, até o dia em que nos tornarmos suficientemente límpidos, que sejamos capazes de transparecer o que essencialmente somos. E não serão mais necessários veículos, nem os subterfúgios que, se por um lado, nos permite colocarmo-nos no mundo, por outro, fazem com que nos escondamos, nas armadilhas engendradas por aquilo que dizemos.
Por isso, amigos, não valorizem demais aquilo que vem através das letras. Este é um estágio necessário mas que, se o caminho natural é a sua superação, desde já aprendam a não colocar-se ao seu serviço, cegamente.



AFINAL, QUE ESTÁ CERTO

Hoje perde-se um tempo enorme com a busca preocupante da forma física. Músculos incham, gorduras são eliminadas de um único golpe, esteticistas dão mil conselhos, fazem-se mil e um aparatos, e tudo em nome dessa tal estética. E vocês não imaginam o número de mentes que orbitam em torno deste astro rei. E tudo em nome de uma estrutura celular que não chegará a setenta, oitenta anos, a que chamamos de corpo.
Ah! quanta luta e quanto desperdício por tão pouco, mas tomara fosse só isso. Ah! tomara... mas não é... É que tamanho Deus, para suportar tanto esforço, necessita do combustível da vaidade. E esta nunca anda sozinha, e vocês não imaginam as suas companhias, e que péssimas companhias são. E cada vez mais, esses narcisos que não se contentam com aquilo que não for espelho, seguem nesse caminho alucinado em busca do nada, até que se acabam, de forma implacável, no nada. E quando o espelho se quebrar, nem sempre haverá mais tempo. E se alguém perguntar que tempo é esse, eu direi: tempo para o espírito pois, este sim, é o único tempo que vale à pena.
O que eu falei até aqui não é um convite para a ociosidade, entendam bem. O caminhar diário para o corpo, já basta, e não esqueçam que o tempo é implacável, mas, em contra partida, ele dá um encanto para cada época. O quanto é lamentável olharmos alguém que, quando de costas, parece ter vinte, mas de frente mostra os cinqüenta, e quando fala então, é que decepciona, pois parece ter quinze. E tudo isso porque apenas se atentou naquilo que pouco importava.

Apenas um aprendiz, a quem foi dado o direito de falar um pouco.


SOIS

Sois puramente vossas mãos.
Essas mãos que batem,
Essas mãos que afagam...

Sois, constantemente, vossa mente
Que engedra,
Que decide,
Que impera,
Que seleciona.

Sois, às claras,
Sorriso, passividade,
Iniciativa, deslumbramento.

Sois, no escuro,
Insegurança, choro,
Solidão, rancor.

Sois, a sós,
Silêncio, calmaria,
Preparo, memórias.

Sois, como todos,
Pois sois caminhante ainda,
Plantando e cultivando
Colhendo e destruindo.
Trabalhando, oferecendo
O que, na verdade, ainda não compreendestes.

Lucas


PENSAMENTO

Pensamento, força poderosa que o espírito carrega consigo. Espírito encarnado ou desencarnado. Força que, a partir de uma idéia, consegue realizações positivas ou negativas. Já estão a pensar "que contra-senso", não é verdade? Pois, se é uma força poderosa, como pode ser negativa?
Ora, as realizações podem ser negativas sim, até o ponto de não permitirem que se realize nada.
O pensamento viaja grandes distâncias e, neste percurso, atrai coisas boas ou más. É uma questão de sintonia. Se vibrarmos bons pensamentos, que possam se converter em algo edificante, com certeza, nosso espírito atrairá bons companheiros dos dois planos que, de alguma forma, nos ajudarão.
Do contrário, se vibrarmos pensamentos negativos, a recíproca é verdadeira. E, com certeza, boas coisas não realizaremos, pois espíritos imperfeitos se ligarão a nós.
Notem que, quando os espíritos estão angustiados, desanimados e revoltados; ao elevarem seus pensamentos, como as coisas se resolvem da melhor forma possível pois, diante de dificuldades, se não vibrarem positivamente, com certeza não conseguirão sair do problema.
Observem quanta desilusão, quanta fuga o ser humano carrega consigo, hoje em dia. Isto é fruto dos pensamentos negativos, das vibrações que não constróem nada, só desgastam e dificultam a caminhada do homem.
São jovens que não se encontram em harmonia consigo mesmos e com a vida. São pais que não os entendem, pois os valores hoje estão muito deturpados. Tudo isso são frutos de pensamentos negativos. O jovem procura fugir dos pensamentos que poderiam elevá-lo e propiciar-lhe grandes realizações. E os pais, sempre pensando nas negatividades que assolam o planeta (drogas, sexo, competitividade e tantos outros problemas), acabam vibrando negativamente e, assim, a discórdia impera.
Porém, como já foi dito, o pensamento é uma força poderosa e, como tal, devemos nos vigiar procurando emitir pensamentos de amor, de caridade, de compreensão. Deste modo, teremos amigos leais ao nosso lado e, com toda esta força, geraremos uma nova forma de caminhar em nossas vidas. Isso não acontece só no plano físico, pois estaríamos sendo ingênuos se achássemos que só neste plano é que os pensamentos negativos prejudicam o crescimento dos espíritos.
Como todos sabemos, no plano espiritual existem muitos pensamentos negativos. São espíritos imperfeitos que ainda carregam consigo sentimentos de ódio, de desamor e de orgulho que geram para eles e para suas vítimas, sofrimentos que, muitas vezes, impedem por anos a fio, que consigam realizar algo de positivo. Porém, é fato que quando um espírito desencarnado se arrepende das negatividades que praticou, aquela centelha que carrega dentro de si se fortalece, tornando-se a cada instante, mais intensa. E assim começa uma nova fase em sua vida eterna. É uma nova chance que o Criador lhe dá para que ele evolua.
Portanto, amigos encarnados e desencarnados, parem e pensem bastante, para não se arrependerem do tempo perdido.




VIVA O PRESENTE

O homem, em sua caminhada, sempre procurou saber como veio para este mundo.
Tantas são as teorias... Mas na verdade, até hoje, não se tem certeza de nada.
Também sempre se apaixonou pelas estrelas, pela lua, pelo sol e por tantos outros astros do sistema.
O que ele quer saber é de onde veio e para onde vai.
Infelizmente, com essa busca, deixa de cumprir suas tarefas ou pior, cai nas tentações do planeta imperfeito. Digo imperfeito em relação aos sentimentos humanos, porque tudo o mais é maravilhoso e perfeito pois está em equilíbrio total. Exceto nós.
É claro que devemos procurar o passado e buscar o futuro planetário, pois Deus assim o permite para a nossa própria evolução.
Porém, há milênios, o homem perde muito tempo terrestre sem construir para si o que lhe é de maior valor: o crescimento moral. Não consegue ver de uma forma verdadeira as dificuldades do outro, as agressões que faz ao seu planeta a cada instante. Angustia-se, revolta-se por nada, insiste em querer saber o que talvez não lhe seja permitido ainda, pois assim poderá aprender, evoluir.
Por que este homem insatisfeito não agradece, ao invés de só questionar e discutir? Por que não processa um desprendimento em seus pensamentos e atitudes que o levem a se ajudar e ajudar ao seu próximo?
Falar ao amigo, não o que ele quer ouvir, mas o que precisa ouvir para despertar.
Com esta mudança de pensamento e de atitude, o homem se equilibra, deixa de sofrer, pois seus sentimentos negativos serão enfraquecidos e reacenderá em seu coração a chama do amor, da caridade, enfim da felicidade que não existe, verdadeiramente, se não estiver neles ancorada.
A felicidade terrena obtida por força do poder, do domínio financeiro, dos bens ou das luxúrias, não é felicidade. É satisfação do ego e do egoísmo e, um dia, o homem cairá e verá que só perdeu tempo. E ele é precioso quando se está encarnado.
Portanto, queiram saber do seu passado e do seu futuro porém, vivam intensamente e harmonicamente cada instante de suas vidas pois, com certeza, hoje você é um pouquinho melhor que ontem e amanhã será melhor que hoje. Busque em você uma reforma íntima que o eleve aos olhos do Pai e não aos olhos dos homens.




VOZ DO SILÊNCIO

Quem de nós, ao silenciar a voz no recanto de seu íntimo, não continua a ouvir, no interior da mente, as mil vozes que lá ecoam? Vozes que clamam, que remoem, que repensam cenas e fatos vividos. Que analisam pela ótica pessoal que sempre nos privilegia.
É no silêncio da alma que vamos encontrar a nós mesmos. Nos parece impossível alcançá-lo. Mas existem muitas maneiras de fazê-lo. Assim como buscam solução para os seus problemas comezinhos, corriqueiros e cotidianos, devem procurar os meios de resolver as suas questões mais pessoais, aquelas que dizem respeito diretamente ao seu jeito de ser. Este jeito que, antes de servir como justificativa para os nossos atos e posturas, deveria nortear o nosso desejo de mudança.
E aí está a grande questão, a transformação maior: a mudança do eixo de nossas vidas.
Quando encontrarmos a forma de serenar as nossas vozes internas, seremos capazes de ser imparciais em relação a nós mesmos e, só então, poderemos avançar em relação à impessoalidade com que tratamos àqueles que estão à nossa volta. Seremos capazes de perceber no outro, toda a profundidade da sua individualidade.
Este caminho é trilhado passo a passo. Mas é preciso, como afirmei antes, uma mudança qualitativa no eixo das nossas vidas. Ele precisa ser deslocado para o que realmente importa: os valores sobre os quais calcamos a nossa existência. E por isso, o nosso silêncio. Digo que é nele que encontrarás a ti mesmo, porque quando mergulhas na tua intimidade, te afastas de tudo o que te é imposto, aprendes a discernir o que é verdadeiro para ti.
E quando um ser tem a verdade dentro de si, ele respeita. Respeita as verdades de cada um, pois sabe que todas elas fazem parte de um todo onde cabe tudo o que é profundamente autêntico. Porque é na autenticidade que mora o impulso do auto-conhecimento, onde reside toda a possibilidade de conhecer o outro. Porque ela não julga. Por isso, sempre que conhecemos alguém em profundidade, mesmo que esta profundeza seja pouca, mas que represente o máximo que pudemos, nós amamos esta pessoa. Amamos as próprias diferenças que tenhamos em relação a elas. Então, silenciar é auto-conhecer-se. O auto-conhecimento abre as portas para que se conheça o outro. Conhecendo outros seres, ampliamos nossa capacidade de amar.
Então, sssssssilêncio...
Acostumem-se a ele.
Busquem-no sempre.
Encontrem a paz.

Boa noite a todos



SALVAÇÃO!

Boa noite, amigos. Que a paz se faça presente.
Salvação! Quanta energia é gasta, ao buscá-la insanamente o ser humano?
Busca a salvação de si, busca a salvação da dor, do sofrimento, do ódio, da angústia, do medo...
Procura-a através de muitos caminhos, de suas verdades, mas se esquece de um pequeno detalhe - "Quando buscamos algo, temos que conhecer a natureza deste algo pois, senão, quando o encontrarmos, não vamos reconhecê-lo".
Se buscamos a salvação através de alguma verdade, como vamos reconhecer essa verdade? O que vai nos dizer que esta verdade é melhor do que aquela?
Amigos, peguem as energias que gastam, buscando o que não pode ser buscado, e usem-na de uma maneira positiva, da maneira que realmente vai salvá-los: através do trabalho.
Do trabalho pelo crescimento próprio, do trabalho pelo seu próximo, pelos seus...
O trabalho de auto-ajuda, de auto-conhecimento. Usem as energias para o seu crescimento. Estudem, leiam, trabalhem...
Esta é uma palavra que poucos querem escutar. Mas é a única, efetiva, que nos salva de nós mesmos.
Boa noite, amigos.




UM HOMEM DE BEM

Vamos falar um pouco sobre o homem de bem.
Como poderemos, no nosso dia-a-dia, reconhecer o verdadeiro homem de bem?
Isso é difícil, especialmente nos dias de hoje, onde a ambição, o egoísmo e a prepotência prevalecem em todos os lugares.
Um homem de bem não é fácil de ser reconhecido, pois suas virtudes e qualidades não estão na sua aparência externa.
Para isso, é preciso também que tenhamos sensibilidade para descobri-lo. O homem de bem pode ser reconhecido através dos seus atos, que muitas vezes são quase imperceptíveis. Uma palavra aparentemente sem compromisso, um gesto simples, um olhar mais profundo, o desapego às futilidades, o que, para muitos, é uma atitude de alguém que vive fora da realidade.
Os homens, em geral, não conseguem compreender um gesto de caridade. Para eles, o que realmente conta são os interesses materiais, as facilidades que a vida terrena oferece e toda a sorte de frivolidades.
Sendo assim, como poderão compreender um homem de bem se lhes falta capacidade e sensibilidade para senti-lo?
Amigos, o homem de bem não precisa mostrar a ninguém as suas reais virtudes. Ele caminha pela vida e as usa quando sabe que é necessário, no momento certo e com a criatura certa.
Procurem aprimorar suas virtudes, buscando a elevação através de uma análise mais aprofundada do seu interior.
Estudem também, pois é através do estudo que muitas portas se abrirão para ajudá-los a tornarem-se mais sensíveis, amigos, dóceis, futuras criaturas de bem.
Fiquem com Deus.

Um bom amigo



O HOMEM, FILHO DA NATUREZA

Homem, quando estiver angustiado pare, acalme-se. Confie em Deus.
Feche seus olhos físicos, respire com calma e pense no quando a Criação é maravilhosa.
Imagine uma floresta na qual o homem não tenha tocado e sinta o seu equilíbrio. É a fauna, é a flora em harmonia com os milhares de veios d'água a alimentar e saciar a sede de todos.
O homem, em seu corpo físico, se assemelha muito a esta natureza. Sua corrente sangüínea é composta por milhares de vasos que são como os veios d'água. Esta corrente alimenta milhões de células e estas formam seus órgãos. E por aí vai a grande criação do Pai que nos dá tudo em perfeita harmonia, inclusive o nosso maior dom que é o livre arbítrio, a racionalidade.
No entanto, devido a livre escolha, o homem se desarmoniza e cria condições negativas para ele mesmo. Se compreendesse que é um ser criado para o bem, não criaria tantos obstáculos à sua felicidade.
O homem, apesar da sua racionalidade, ainda não encontrou a mesma paz que reina na natureza.
Reflita sobre isso e tente se convencer, porque a arrogância, a prepotência da crença de que é semelhante a Deus, não o eleva perante Ele. Use sua racionalidade para o bem de todos. Para que, assim, reine em equilíbrio total com a natureza, com toda a sua grandeza, o seu maior filho, que é o homem. Aquele que pode chegar a um estágio de desenvolvimento adequado para a transformação deste mundo, para melhor.
O homem pode e deve evoluir. Do contrário, nada teria sentido, nem todo o progresso científico. Lembre-se: seu corpo físico se assemelha à grandeza da natureza. Aliás, este corpo é a própria natureza.
Você é espírito e continuará a sê-lo, mesmo após a sua passagem por este planeta. Portanto, admire, curta a natureza, mas não se apegue a ela, pois tudo lhe é emprestado, inclusive sua vida terrena. Do contrário, sofrerá muito, até que entenda o verdadeiro sentido da vida.




A BUSCA DA PERFEIÇÃO

O ser humano, desde os seus primórdios, busca a perfeição e quanto mais evolui mais a procura. Alguns procuram a perfeição através das religiões, outros através da filosofia e outros através da ciência. Alguns vêem a perfeição na Suprema Inteligência do Universo, outros em Deus, alguns outros em Brama, ou quem sabe José? - e a quem mais tenha sido atribuída a divindade.
Uns dizem que todos seremos perfeitos um dia, outros que somente Deus é Perfeito e que não nos cabe almejar a perfeição.
Amigos, me desculpem o que vou dizer, mas tudo isso é um pouco de tolice, de orgulho e vaidade. Raciocinem comigo: fomos todos criados por um Ente, do qual espelhamos a perfeição. Ele, com certeza, é perfeito. Então, se este Ente é perfeito, a sua criação também o é. Sim, amigos, o que quero dizer é que a perfeição não é para ser buscada ou procurada, mas sim para ser descoberta. Pois, tudo o que existe é perfeito e a compreensão disto depende apenas de como olhamos a criação.
Quando tirarmos o véu de nossos desejos, de nosso orgulho e vaidade veremos que o sofrimento não existe e que tudo o que ocorre é para o nosso próprio bem, para nossa própria experiência.
Sim, queridos, Deus, em Sua Perfeição, permite que experimentemos todas as situações possíveis para que tenhamos a firmeza necessária em nossa própria perfeição e existência.
Irmãozinhos, olhem suas vidas, para todos os seres e coisas que os rodeiam, da maneira mais pura e, com certeza, vocês verão a perfeição em tudo o que existe. E normalmente, o que consideramos imperfeito é o que mais precisamos naquele momento.
Que a "Luz da Perfeição" guie os passos de todos nós, encarnados como vocês, ou desencarnados como nós, pois todos estamos em comunhão no Amor.

Abraços
Irmãozinho



EMPREGO E TRABALHO

No atual estágio de desenvolvimento da humanidade, as incertezas são muitas, as desilusões outras tantas.
O homem não se encontra consigo mesmo. Sequer escolhe a profissão que gostaria, pois o que conta não é ser um bom profissional, realizado com o seu trabalho e sim o marketing das melhores profissões. Escolhe a que vai dar-lhe maiores frutos, não de realizações pessoais, mas financeiros, de "status" e outros tantos qualificativos supérfluos para o seu crescimento espiritual.
Muitas vezes, ele precisa de um emprego e não do trabalho pelo qual ele realizará algo que lhe dê o sustento e, principalmente, a realização como ser encarnado a quem o Criador deu uma oportunidade de evoluir.
Em todo o planeta são milhares de seres perdidos, desiludidos que não conseguem esta realização interior, tão importante. Cada ser é único e, como tal, tem o direito de realizar-se naquilo que o seu coração manda, e não no que a sociedade lhe impõe. Porém, a materialidade da Terra fala mais alto e ele procura emprego e não trabalho. Procura poder, dinheiro e não satisfação para o seu eu.
Assim podemos, também, extrapolar do plano físico para o espiritual, que é muito mais importante para o homem, do que tudo que ele imagina de bom para si mesmo. Estou falando dos médiuns em particular que, na maioria das vezes, chegam a uma casa espírita, cheios de problemas que não conseguem entender. Mas, quando são chamados ao trabalho, muitas vezes, não conseguem enxergá-lo como algo que os fará crescer espiritualmente e assim, não o realizam de forma satisfatória. Novamente, é a sociedade impondo suas condições e restrições... E, pouco a pouco, o entusiasmo inicial muito freqüente entre os médiuns, vai-se enfraquecendo. E aquele trabalhador vai perdendo a grande chance que a vontade do Criador colocou na sua vida.
Para não dizer que isto acontece só em casas espíritas, peço que pesquisem sobre a vida passada de cada ser que tornou-se freqüentador de uma casa deste tipo. Pergunte o que faziam em suas religiões, antes de passarem para o espiritismo. Geralmente irão responder que freqüentavam a igreja ou um templo qualquer. Mas, na maioria dos casos, com certeza, nunca trabalharam efetivamente em nome de Deus, ajudando o seu próximo, praticando a verdadeira caridade, procurando crescer espiritualmente.
Assim é o homem criado para o bem, mas que devido a materialidade do planeta, ainda não consegue descartar seus maiores inimigos: o orgulho, o egoísmo, a prepotência, a intolerância. E acaba entregando-se aos desejos de uma sociedade globalizada, que leva a consumir marcas e não produtos de qualidade, que proporcionem o crescimento e a saúde de cada habitante do globo.




OBSEDIADOS E OBSESSORES

Vamos analisar, com algum cuidado, as duas palavras acima. Ambas parecem ser diferentes, ou até opostas, mas elas se integram, se misturam e seu sentido muda de acordo com cada situação.
Vamos começar com os seres encarnados. Imaginem uma pessoa boa, de alma pura, aberta, com uma índole saudável, sem grandes ambições, honesta, incapaz de praticar o mal que, dentro de sua família, ou mesmo no seu rol de amizades mais próximas, acaba encantando a alguém, também encarnado, mas de péssimo humor, de mal com a vida, revoltado, que só dialoga sobre doenças, desgraças, tragédias, e o pessimismo é seu companheiro constante. Colocamos as duas criaturas juntas para conviver. A primeira, cheia de bons propósitos, nem percebe o obsediado encarnado. Às vezes, a falta de conhecimento, aliada ao sentimento de pena, faz com que as duas convivam por vários anos. Nesta caminhada, vamos observar quem vai ganhar pontos. Pois, se houvesse um placar, perceberíamos que a doce alma perdia pontos, em paralelo à de má índole. A falta de conhecimento da situação faz com que passe a concordar com a obsessora, num mundo cheio de desgraças, fome, pobreza interna e externa.
Há necessidade de grande força interior e muito esclarecimento para não se deixar contaminar. Isso, meus irmãos, acontece com a grande maioria dos encarnados. Seres com vontade de crescer, numa situação de vida, de uma certa forma privilegiada, sucumbindo pela energia negativa espalhada como epidemia. Condições para não se contaminar, existem. Utilizá-las não é tão difícil. Basta abandonar a preguiça mental e física para perceber os campos magnéticos do mal, e enxergar além do que é facilmente perceptível. Pois se usarem esta receita, não só estarão livres da obsessão, como também abrirão os olhos dos obsessores, ainda em vida. Esta conduta não só livra o encarnado de ser um obsediado, como também neutraliza o campo magnético por onde os obsessores desencarnados atuam.
Os obsessores desencarnados tudo observam, com maior clareza e compreensão pois, como espíritos, são mais sensíveis. A conduta de muitos encarnados lhes servem de exemplo, e dependendo da vontade de alguns, eles se deixam impregnar pelas atitudes que observam e acabam saindo da condição de obsessores.
Portanto, queridos irmãos, não sei se fui bem claro, mas este grande presente chamado vida, se for razoavelmente aproveitado, servirá de plataforma para vocês, para seus semelhantes encarnados e também para muitos espíritos que são obsessores, não por opção , mas por falta de exemplos e de compreensão.

Um amigo da casa



FORÇA SEXUAL DA ALMA

Este é um tema difícil, pois o sexo, na Terra, ainda é encarado de uma forma não condizente com o que ele realmente representa.
O homem terreno busca no sexo, apenas a satisfação dos sentidos, esquecendo-se, ou melhor, desconhecendo o seu real valor.
O sexo deve ser visto como uma força sublime, geradora de grande energia. Através dela toda a humanidade vai experenciando, nas sucessivas encarnações, as provas de que necessita para evoluir.
Infelizmente, bem poucos compreendem isso e, atirando-se ao sexo desvairadamente, esquecem a moral e chafurdam num atoleiro, do qual terão muitas dificuldades em sair.
Amigos, as forças sexuais não devem ser exploradas, mas sim, encaradas com respeito, de forma que produza elevação.
Para os médiuns, especialmente, a força sexual representa mais energia no desempenho de suas tarefas.
Procurem estudar mais a esse respeito para que, assim, compreendam melhor assunto.
Fiquem com Deus.

Um amigo



FORÇAS SEXUAIS DA ALMA

O tema que vamos abordar é bastante difícil para as criaturas que vêem no sexo, apenas a satisfação de desejos materiais.
Mesmo entre os espíritas e até entre os médiuns, este assunto ainda não é compreendido, pelo menos como deveria ser. O sexo é uma grande energia que, se bem usada por aqueles que têm algum conhecimento a respeito, poderá atrair para dentro de si o equilíbrio necessário para superar as vicissitudes terrenas.
É uma pena que bem poucos procurem buscar conhecimento a esse respeito, pois a força sexual poderá ajudá-los muito. Médiuns, toda essa grande energia poderá ser aplicada em seus trabalhos, para conseguirem um melhor desenvolvimento e maior capacidade mediúnica.
Amigos, não façam do sexo apenas uma satisfação dos sentidos. Respeitem-no como uma grande força cósmica, e é através desta força direcionada para o crescimento e o despertamento para a vida espiritual, que grandes trabalhos poderão ser realizados.
A humanidade ainda não está preparada para esse mister, mas dia virá em que esta força será respeitada e aceita como energia geradora de progresso e não mais vilipendiada, como acontece nos dias atuais.
Procurem aprofundar-se um pouco mais sobre este assunto. Com certeza, os resultados se farão sentir.
O tema é difícil, por isso não procurarei me aprofundar mais. Pouco a pouco, vocês passarão a ter uma melhor compreensão sobre ele.
Que Deus os abençoe.

Um amigo



ERA NOVA

Fala-se muito em transformar.
Fala-se muito em reforma interior.
Espera-se o fim de um século.
Expectativas no começo da Era Nova.
Como se num passe de mágica, repentinamente fosse o homem jogar fora toda sua formação moral e intelectual.
Todo seu conhecimento adquirido em muitas vivências e através de doloridas experiências, toda a estrutura que formou e sobre a qual procura se equilibrar.
E também repentinamente conseguir vislumbrar e aceitar o tão sonhado "mundo novo" sem reservas. Com certeza vamos nos balançar suavemente nas asas da ilusão e na doçura dos sonhos, se assim persistirmos em pensar.
A ciência avança a passos largos, os microscópios nos abrem as portas para o mundo invisível das células, moléculas, átomos, nos permitindo enxergar a criação sob novo aspecto, destruindo antigos conceitos.
A ciência também avança pelo mundo telescópico desvendando o universo e suas insondáveis formas e cores, rotas e guias, novos planetas, possibilidade de vida no espaço, até agora reservado somente a Deus em seus tão grandes mistérios. Derrubam-se dogmas, crenças, reformam-se rapidamente antigas interpretações, caem as correntes, liberta-se o ser.
O homem busca e encontra o mundo espiritual através da necessidade de explicações para suas dores, seus amores, suas decepções e através da insatisfação pela lógica dos grandes mistérios, e o mundo espiritual invisível, mas tão presente, se deixa descobrir, se deixa desvendar, em um chamamento ao homem para a busca, a compreensão e a aceitação dele próprio para, então, renovado, encarar o Mundo Novo, que generosamente abrirá suas portas a todos aqueles que sabiamente se curvarem às evidências.

Aron



SEXO E ESPIRITÍSMO

Sexo, palavra tão comentada e tão mal empregada.
Fala-se de sexo como algo sujo, como algo que somente é entendido como uma satisfação dos desejos, como algo pouco digno.
Filhos, o sexo é uma energia que precisa ser controlada e sentida como algo divino, superior. É uma energia que, se bem trabalhada, traz muitos benefícios tanto para a saúde física como espiritual.
É importante que os jovens recebam algum esclarecimento sobre os valores reais desta energia.
É preciso que sejam orientados à buscar conhecimento através de leituras sérias e responsáveis.
É de fundamental importância que a juventude comece a ser preparada para que, no futuro, haja criaturas mais equilibradas, mais conscientes da responsabilidade que têm sobre o sexo. Não basta apenas achar que já estão preparados para sair por aí e perder-se em desvarios.
Educadores, busquem orientar os jovens, mostrem a eles a necessidade de um aprofundamento a respeito deste assunto. Todos vocês devem buscar mais conhecimentos, maior orientação e, com seriedade, lançarem esta semente para que, num futuro próximo, ela comece a germinar.
Não deixem esse tema esfriar. Pelo contrário, pois, só assim, poderemos ter a certeza de que essas sementes, hoje poucas, em maior número amanhã, cobrirão de informações os nossos jovens que representam futuros adultos conscientes e responsáveis de amanhã.
Filhos, façam a parte que lhes cabe. Não se inibam, o assunto é bastante sério e precisa ser encarado com responsabilidade. Assim, quem sabe este planeta seja povoado por seres que saibam valorizar e respeitar devidamente, esta grande energia que vem do sexo, num futuro bem próximo.
Espero que possam entender o recado. Ele é simples, mas deve ser levado em consideração.

Um bom amigo



UMA MENINA DE OITO ANOS FALANDO AO MUNDO DOS ADULTOS

O médium primeiro me repeliu, agora me aceitou. Então vou contar prá ele o que já sei e também o que ouvi, não de alguém de oito mas de muitos com dezoito anos, e todos daqui, do oásis da paz.
Olhai, cuidai dos pequenos homens, como cuidais dos pequenos animais, das ervas tenras.
É que vós, não sei porquê, amais apenas as belas folhagens, as matrizes das flores raras e pisais pesado na erva que chamais daninha, pois que são feias, pouco atraentes. Nunca atentais para o fato de que se não fossem elas, com a sua rudeza, não haveria solo e, sem ele, as belas flores não poderiam vicejar.
Protegei, então, aos sem encantos, pois que estes se não agradam pela epiderme, pelos belos traços, talvez possam encantar-vos por dentro, pelos sentimentos que possuem.
Olhai-os, então, pelos olhos do espírito e tereis surpresas sem conta.
Até aqui, quem falou, fui eu. Então agora, ouçam o que ouvi daqueles que saíram do mundo das crianças e que não entraram ainda no mundo dos adultos. Ai, meu Deus, quanta confusão!
Um deles dizia:
O que fazer com essa energia tremenda que nos tira a paz, o discernimento correto, o raciocínio, o equilíbrio, enquanto não saciada, que é a energia sexual? Dito isto, ele calou-se, esperando algum outro falar, mas nada ouviu.
E vocês aí, que deixam tantos na ignorância... O que estão fazendo a respeito? Por que tanto silêncio, tanto preconceito com aquilo que, se não mais os atormenta, já muito atormentou? E quantos de vocês lamentam, hoje, que tais impulsos genésicos lhes tenham sido tão mal explicados?
Aí todos falam e eu ouço. E com alegria, aprendo sobre as drogas, principalmente. Não imaginais os danos causados pela liberdade plena que os jovens desfrutam hoje...
E então a conversa dos quase adultos prosseguiu.
E um outro disse e bastante revoltado:
Amaldiçoado seja o mundo dos que já cresceram pois nos matam os sonhos mais lindos, os ideais mais puros e nos chamam de fanfarrões, faladores, lunáticos. Só porque tais sonhos nossos, tais ideais, ainda não de todo amadurecidos, cheiram à quimeras.
Dito isto este também calou-se, esperando, talvez, uma aprovação, talvez uma observação, mas nenhuma delas veio. E muitos olhos fitaram o chão e todos eles tristes. Cada um pensava em si e em muitos dos seus próprios sonhos pisados. Até que um deles chorou, depois um outro, e choraram todos e eu com eles. Depois disso, muitas outras coisas ainda ouvi e com a minha xeretisse, fui escutar aos velhos.
Estes sim, é que davam dó. Já não mais se queixavam, nada mais lamentavam, pois não tinham com quem falar.
Assim é o mundo dos homens: desprezam os extremos, sem se darem conta que um é o começo e o outro, o fim.
Será que não sabem que é o começo que traz o que poderia ser, e o fim nem sempre é o que poderia ter sido?
Um beijo a todos.
Já sinto saudades.

Renatinha



BUSCAR O APRENDIZADO

Deus de infinita bondade, abençoe a todos.
É a ausência de idéias definidas que fazem com que te agarres em dogmas e em dúvidas. Estás a passar os teus dias e anos neste planeta, por quê? Porque vieste em busca de conhecimentos, de aprendizados, e depende somente de ti esta busca. O conhecimento e a verdade a que chegarás dependem de teus esforços. A busca tem que ser incessante, porque o aprimoramento se estende muito além da nossa percepção imediata. Portanto, não te feches em teu interior, com as dúvidas que tens. Todos têm a potencialidade e a oportunidade de ir, no dia-a-dia, buscando a verdade, porque a verdade precisa fazer parte do nosso íntimo. Hoje a humanidade não precisa ir em busca de manifestações espirituais apenas para comprovar o imaterial. Hoje toda manifestação que há, serve como instrumento para que possas evoluir, para que possas discernir os teus caminhos. E é nesta busca que precisamos caminhar sem olhar para trás, sempre com perseverança, pois o Criador colocou como único objetivo para todos, a evolução - a evolução da alma. Precisas entender que este corpo é apenas uma parte do que teus olhos físicos podem enxergar. Procura, através do teu próprio aprimoramento, integrar-te com teu corpo espiritual para que, assim, possas ir assimilando as grandes verdades da alma. Busca sempre o aprendizado.
Muita paz.



DAR VAOLOR, NÃO DAR VALOR

Muitos aqui adentram chorosos, com os corações dilacerados por sofrimentos atrozes. Vêm em busca de ajuda, de consolo, de paz. E aqui, todos são abraçados fraternalmente, todos são encaminhados para que possam resolver seus problemas.
Não damos um caminho, mas vários. E todos eles trilhados com amor, com devoção. Mas eis que muitos partem e não compreendem, não acreditam que o problema está consigo, que o problema está dentro de si mesmos. Acreditam que o problema é externo e assim, seguem desacreditados, não seguindo as diretrizes que lhes foram colocadas, como a renúncia, o estudo, a revisão de seus atos, de seus pensamentos perante a vida. E abandonados, seguem seus caminhos por outras trilhas, pois aqui não há paga, aqui o tratamento não é cobrado, e por isso não tem valor material.
E buscam outras fontes, onde o ouro cause impressão, onde seja mais fácil seguir os ensinamentos fielmente, porque lá não há renúncia, lá pouco se pede a respeito de reforma interior, ou digamos melhor: lá nada lhes é pedido além de oferendas simples que o dinheiro pode trazer. E assim, ignorando que a força maior está dentro de cada um deles, seguem perdidos. E a dor mais uma vez avançará pelo seu peito e, novamente, os trará de volta. Talvez para esta casa, talvez para uma outra até que, definitivamente, compreendam o sentido real de um centro espírita. Que sintam a necessidade de frequentá-lo não somente quando a dor dilacerar o seu coração, mas também quando sua alma pedir por novos conhecimentos. Aqui adentram muitos com dor e pouquíssimos sem ela.
Que a humanidade possa compreender este trabalho de instrução, de valorização da vida para que, desta forma, todos possam entrar nesta casa somente para se banhar na luz da evolução e não apenas naquela que cicatriza feridas.
Que a paz de Deus siga com todos vocês.